Circuito das Tartarugas da Amazônia investe em diferentes atrativos na SNCT
Fotos, pinturas, cinema e o contato imediato com as tartarugas foram alguns dos atrativos utilizados na tática de conscientização ambiental utilizados no estande do projeto Tartarugas da Amazônia
Por Eduardo Gomes
Um circuito de atividades que abordavam a temática das tartarugas da região chamou a atenção das centenas de pessoas que passavam pela “Aldeia do Conhecimento”, pólo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) na 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Amazonas. Trata-se do estande “Tartarugas da Amazônia”, instalado na ilha da Tanimbuca, no Bosque da Ciência do Instituto, que não mediu esforços para atrair crianças, jovens e adultos.
Exposição fotográfica, pintura de rosto, desenhos, jogos educativos, painel fotográfico, cinema educativo, além de explicações e o contato direto com as espécies foram ações que garantiram o sucesso da atividade. Os membros do projeto tartarugas da Amazônia se preocuparam com todos os detalhes que pudessem atrair e prender a atenção dos visitantes e estudantes que marcaram presença no evento.
“Resolvemos fazer uma atividade que pudesse atrair todos os públicos, desde o pequeno até o grande. Temos o cinema, onde o visitante pode assistir filme infantil, ou até mesmo filme das nossas atividades em campo, montamos o ninho pensando nas crianças, onde realizamos pinturas de rosto, jogos educativos, exposição de banners, além de apresentar as ferramentas que usamos em campo para trabalhar e também colocamos em exposição alguns cascos de quelônios”, explicou a educadora ambiental do projeto, Fernanda Rodrigues.
Difusão cientifica e educação ambiental
Rodrigues explica que a participação da sociedade é fundamental nesse processo de difusão do conhecimento científico, ressaltando que a pesquisa não pode ser feita para pesquisadores, mas sim para a população. “A difusão da pesquisa é fundamental. Uma coisa que a gente conversa muito é que se você tem sua pesquisa e só um outro pesquisador pode acessar ela, isso se torna muito limitante dentro de um universo muito maior, onde a sociedade tem que participar, pois ela influencia nessas decisões de como a conservação acontece”, disse.
Nas apresentações os pesquisadores explicaram que a educação ambiental propicia pegar 30 anos de pesquisa e mostrar para as pessoas dados contundentes de, por exemplo, coisas boas e coisas ruins. Umas dessas coisas ruins ressaltadas são os dados de tartarugas da Amazônia, pois segundo Rodrigues, a população esta decaindo ano a ano. “E é uma coisa que nós estamos observando e questionando como podemos mudar isso? Somente com a pesquisa?”, incita o pesquisador.
A educadora Rodrigues complementa explicando que não se pode apenas dizer que não se pode degradar o habitat desses animais, mas que é preciso ensinar o porque não se pode. “Conversar e dizer que não pode comer simplesmente por que não pode? Não é tão simples. E nesse momento você explica, para que assim as pessoas se tornem multiplicadoras”, esclareceu.
Foto da chamada: Eduardo Gomes
Redes Sociais