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Ampa promove Workshop sobre caça do boto-vermelho

  • Publicado: Segunda, 17 de Outubro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Terça, 12 de Maio de 2015, 11h08

 

Colômbia e São Paulo estão classificados como os maiores consumidores de piracatinga, popularmente conhecida como “douradinha”

Por Fernanda Farias

Aconteceu nesta terça-feira (18), o workshop sobre caça do boto-vermelho, no auditório de Biologia de Água doce e Pesca Interior (BADPI) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), que reuniu pesquisadores em busca constante de maneiras de proteger da caça predatória uma lenda dos rios amazônicos: o boto-vermelho.

Entre os palestrantes, contou-se com a presença do pesquisador da Instituição Piaguçu-Purus, José Rabello, que falou um pouco sobre os relatos de pesca dentro do lago Ayapuá. Durante seu discurso, Rabello lembrou da apreensão de um barco de Manacapuru, que vinha com uma caixa com 4 botos no gelo, dentro da reserva Piagaçu-Purus no começo de 2011.

Haydée Cunha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), palestrou sobre “Genética Forense para a Conservação de Espécies Silvestres Exploradas Ilegalmente”, onde falou da exportação clandestina que ocorre no Estado e a necessidade de haver um monitoramento efetivo nas regiões mais criticas. A pesquisadora falou também sobre um novo método para controlar essa ação ilegal, através do monitoramento Genético, que é feito para identificar se o conteúdo no estômago dos peixes é carne de boto-vermelho.

A pesca intensiva da piracatinga, popularmente conhecida como “douradinha” nas feiras de peixe, está reduzindo a população de boto- vermelho. Haydée citou a Colômbia como o maior consumidor externo de piracatinga, e o município de São Paulo como o maior consumidor no Brasil.

Ações que podem diminuir a caça ilegal do boto-vermelho, como intensificar a educação ambiental nas comunidades, fazer acordos de pesca com os pescadores e dessa forma conseguir substituir o boto por caças alternativas, foram apresentadas pela pesquisadora Sannie Brum, colaboradora da Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa). “Eventos como este servem para alertar a população do consumo ilegal da piracatinga, pois esse consumo pode acabar dizimando a espécie do boto- vermelho, assim como aconteceu com o Baiji”, ressalta.

Projeto Boto

O projeto Boto iniciou em 1993 com esforços da pesquisadora do Inpa, Vera da Silva e do Conselho de Pesquisas do Ambiente Natural do Reino Unido (NERC), com Anthony Martin. Desde a sua primeira expedição, em janeiro de 1992, o projeto vem crescendo a cada ano e, atualmente, possui uma base de pesquisa, voadeiras e a presença contínua no campo de pelo menos três pessoas. 

O Workshop foi uma realização do Laboratório dos Mamíferos Aquáticos (LMA) em conjunto com a Ampa, que é patrocinada pela Petrobras e pelo Inpa, em parceria com a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), que ajuda no combate da caça ilegal.

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