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Notícias

Workshop expõe alternativas para uso de resíduos florestais

  • Publicado: Quinta, 29 de Setembro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Terça, 12 de Maio de 2015, 10h21

 

O segundo dia de atividades do II Workshop “Estudos Tecnológicos de Alternativas de uso de resíduos florestais na Amazônia Central” trouxe como assunto para discussões a bioatividade de extrativismos da casca

 

Flavio Ribeiro
Rogério Hanada apresentou o trabalho que buscou inibir o crescimento de fungos por meio do extrato da casca de dez espécies de leguminosas

Por Fernanda Farias e Josiane Santos 

No Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), aconteceu nesta sexta-feira (30), o último dia das atividades do workshop, que apresentou estudos sobre o potencial da madeira e dos resíduos florestais para o desenvolvimento de processos e produtos alternativos.

A primeira palestra da manhã ministrada por Rogério Hanada do Inpa com o tema ‘Toxicidade de extrativismo de leguminosas florestais da Amazônia Central a fungos apodrecedores de madeira (Hymenomycetes)’.

“Logo quando você derruba a árvore, essa madeira está bastante úmida. Então é um grupo de fungos que vai atacar, são os fungos emboloradores e manchadores, e a partir do momento que esse processo vai evoluindo outros grupos começam aparecer, que são os fungos que causam podridão – fungos de podridão branca e podridão parda”, explica Hanada.

Segundo Hanada, o fungo podridão branca se nutri de celulose e lignina, e o de podridão parda só de celulose. Por isso, o trabalho buscou inibir o crescimento desses fungos por meio do extrato da casca de dez espécies de leguminosas.

O mestre em Ciências Florestais e Ambientais, Elias Barros Soares Júnior, apresentou a segunda palestra da manhã intitulada ‘Avaliação das propriedades inseticidas de extrativismo de duas espécies de leguminosas arbóreas na Amazônica Central’ que estudou o combate a cupins Nasutitermes spp. utilizando extratos obtidos da casca de lombrigueiro (Crudia amazônica) e tento-amarelo (Ormosia excelsa).

“O desafio do projeto era trabalhar com um produto que fosse mais natural, menos nocivo ao homem e ao meio ambiente, e que combatesse a ação desses organismos”. Os extratos foram obtidos da casca de lombrigueiro e do tento-amarelo conhecidas por serem auto-resistente ao ataque desses organismos.

Tecnologias florestais

Durante à tarde desta sexta-feira, o foco do workshop foi nas novas tecnologias que beneficiam os resíduos florestais, geralmente pouco valorizado no comércio. O pesquisador Setsuo Iwakiri, palestrou sobre a ‘Avaliação do potencial das espécies de madeiras tropicais da Amazônia para produção de painéis aglomerados’, teve também a palestra da pesquisadora Maria da Paz, que falou sobre os efeitos in vitro de extratos vegetais, e finalizando o ciclo de palestras o pesquisador Bazilio Frasco Vianez, palestrou sobre ‘Avaliação da eficiência de um acabamento do tipo stain na redução da lixiviação de boro na madeira’.

"Minha pesquisa foi feita com o intuito de melhor proteger a madeira contra a saída de um produto preservante, geralmente aplicamos produtos na madeira para ela não deteriorar, e esse produto poro o stain, é como se fosse uma resina, está sendo mais utilizado agora por ele ser poroso, pois ele não“envelopa” a madeira, ele permite a troca do vapor de água, da madeira com o meio ambiente”, explica Vianez.

O workshop está na segunda edição e é realizado pelo Laboratório de Tecnologia de Madeira do Inpa, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento e Tecnológico (CNPq).

Foto da chamada: Eduardo Gomes
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