Workshop apresenta estudos sobre o uso de resíduos madeireiros

As atividades prosseguem amanhã (30) com o lançamento de um livro sobre os trabalhos debatidos no final do evento

Por Josiane Santos

Na manhã desta quinta-feira (29), iniciaram-se as atividades do II Workshop “Estudos Tecnológicos de alternativas de uso de resíduos florestais na Amazônia Central” realizado pelo CT-Amazonas, com o apoio do Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).

A primeira palestra da manhã foi ministrada pelo pesquisador do Inpa, Luiz Augusto Gomes de Souza sobre “Biodiversidade e importância madeireira das Fabaceae da Amazônia brasileira”.

Nos estudos recentes sobre a biodiversidade da espécie Fabaceae, apresentou mais de 19 mil espécies abrigadas em 720 gêneros. “Quem escolhe estudar esse gênero de plantas tem um desafio de trabalhar com a diversidade extremamente elevada”, disse o pesquisador.

“Especificamente no aspecto agronômico, o nosso foco é a propriedade que as fabaceas têm da fixação biológica de nitrogênio, ou seja, nos processos evolutivos, boa parte da família desenvolveu a propriedade de se associar com as bactérias do solo e formar nódulo nas raízes, com isso elas conseguem obter um nutriente importantíssimo para o desenvolvimento vegetal, que é o nitrogênio como por exemplo, as ingás”, explica Luiz Gomes.

“Elas são usadas na adução verde, na forragem animal, no reflorestamento, sombreamento dos cultivos, recuperação de áreas e paisagens que perderam o seu potencial produtivo, entre outras”, destaca.

Seguindo as atividades da manhã, os pesquisadores do Inpa, Francisco José de Vasconcellos apresentou a palestra sobre “Parênquima radial da família Leguminosae da Amazônia”; e Jorge Alves de Freitas, palestrou sobre a “Análise Comparativa da anatomia do lenho de Aldina heterophylla Spruce ex. Benth ocorrente na campina, campinarana e floresta-de-terra-firme da Amazônia central”.

“Esse trabalho de caracterização anatômica é gerado a partir do interesse tecnológico-científico, porque ele é uma ferramenta que dá subsídios para o desenvolvimento de novas pesquisas correlatas e possibilita também a identificação do reconhecimento da espécie, auxiliando na classificação sistemática das plantas”, explica Freitas.