Por Clarissa Bacellar e Séfora Antela

Na manhã de hoje (24) mais uma edição do projeto Circuito da Ciência, desenvolvido pelo Serviço de Apoio às Áreas de Visitaçãoda Coordenação de Extensão(SAAV/COEX)do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), foi realizada.

A sétima edição do projeto em 2011 contou com a presença de cerca de 300 estudantes de escolas estaduais e municipais que tiveram a oportunidade de participardeexposições e oficinas educativas. “A gente tomou o cuidado pra nessa edição trazer escolas, por exemplo do Puraquequara, Colônia Antônio Aleixo, de regiões que a gente considera rural, porque vimos a motivação e o interesse dessas crianças”, comenta o coordenador do Projeto, Jorge Lobato.

Para Lobato, o Instituto se consolida com essas atividades de aproximação com a sociedade. “Na verdade as atividades passam a ser as mesmas, mas com público diferente. Isso mostra o entusiasmo de alguns pesquisadores, técnicos e voluntários hoje que entenderam o nosso convite e dão essa resposta ajudando a gente a estar fazendo a disseminação científica em nome da popularização da ciência”, afirma.

É com esse espírito que o mestrando em entomologia e voluntário da tenda de “Invertebrados terrestres vivos”, Fábio Gonçalves de Lima Oliveira, participa do Circuito da Ciência, acreditando que esta é uma iniciativa interessante, uma chance de trazer as crianças para perto da natureza. “Muitas vezes eles tem uma idéia muito errada dos insetos. Eles as vezes acham que por ser um inseto, por eles serem feios, relacionam isso com o perigo e por isso eles matam os animais que muitas vezes nem apresentam esse risco. E o circuito da ciência é bom para eles conheceremaqueles animais que realmente representam risco, que é mais por defesa e não por que eles sejam agressivos”, explica.

Segundo Oliveira, o interesse das crianças sobre os insetos aumenta quando percebem que não correm riscos. “Quando elas vêem que nós não temos medo e que o animal não apresenta risco, então a criança perde esse medo e mostra o interesse em conhecer, em pegar, em manusear e também ela já fica sabendoaquele animal que é perigoso e que não é adequado ela pegar porque ele pode fazer mal à ela”, esclarece.

Mini-circuito dos Mamíferos Aquáticos da Amazônia

Como parte das atividades do Circuito, a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), que atua em convênio com o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA/Inpa) e é patrocinada pela Petrobras, também deu sua contribuição para levar ciência, de maneira lúdica e interativa, aos estudantes.

Os mamíferos aquáticos da Amazônia que habitam o “Parque Aquático Robin C. Best”, do Bosque da Ciência no Inpa, peixe-boi (Trichechus inunguis) e ariranha (Pteronura brasiliensis), foram tema do mini-circuito, montado pela Ampa/LMA.

Nessa edição, foram expostas cinco estações: bioacústica, telemetria, osteologia, alimentação e digestão do peixe-boi da Amazônia e sobre a biologia da ariranha. Em cada etapa do mini-circuito, estudantes da Escola Estadual Maria Teixeira Góes, que antes assistiram uma palestra sobre os mamíferos, puderam aprender brincando sobre como se dão os estudos desenvolvidos no LMA, além de entenderem a importância deles para ajudar na preservação das espécies citadas.

“O nosso objetivo aqui é abrir as portas do Instituto e mostrar o que nós apuramos de informação sobre os mamíferos aquáticos. Dessa forma, esses pequenos passam a conhecer de forma específica os mamíferos aquáticos e a entender a importância deles para o equilíbrio do ecossistema”, ressalta Gália Mattos, coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental da Ampa.

O Circuito da Ciência conta com o patrocínio daPetrobras e Moto Honda da Amazôniae com oapoio de: Sesc Amazonas, Prefeitura de Manaus (SEMMAS, SEMED), Governo doEstado do Amazonas (SEDUC), Magistral, SESI, MUSA, Associação Amigos doPeixe-Boi (Ampa), Tartarugas da Amazônia, Brothers, Associação dos servidores do Inpa (Assinpa) e Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea/Inpa).