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Jovens talentos da ciência são nomeados Membros Afiliados da ABC

  • Publicado: Quinta, 22 de Setembro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Terça, 12 de Maio de 2015, 10h02

 

Diplomação dos novos membros aconteceu na noite desta quarta-feira (22)

 

Eduardo Gomes/Inpa
Novos acadêmicos da ABC, recém empossados.

Por Josiane Santos, Fernanda Farias e Clarissa Bacellar

No seminário “Ciência na Amazônia”, que aconteceu na noite desta quinta-feira (22) no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) como parte da programação da cerimônia de diplomação dos novos membros da Academia Brasileira de Ciência (ABC) para a região Norte, cada um, dos cinco novos membros, proferiu uma palestra.

A primeira exposição foi realizada pela pesquisadora do Inpa, Ana Carla dos Santos Bruno, que apresentou uma das suas pesquisas sobre língua, cultura e sociedade no noroeste do Amazonas. “A finalidade é estudar a estrutura da língua, como elas funcionam, que fenômenos elas têm em comum e o que as línguas indígenas do Amazonas podem contribuir para explicar o que ocorrem nas línguas do mundo”, explica a pesquisadora, que desenvolve esse trabalho desde 2005.

Segundo a pesquisa, a região do noroeste do Amazonas possui 22 etnias indígenas, cujas línguas estão classificadas por famílias, e praticamente todo indivíduo fala de duas a três línguas, no mínimo.

“O indivíduo vai falar a língua da mãe, que é uma, do pai – outra língua, hoje o português, na região de fronteira o espanhol e a língua geral que é o nheengatu”, explica a pesquisadora. E com tantasmultiplicidades linguísticas,Bruno esclarece a importância que a língua dos pais tem na formação do indivíduo. “A língua que vai identificar e tornar a noção de pessoa do indivíduo é a língua do pai. Já a língua da mãe é extremamente importante porque vai estabelecer uma relação com as possíveis mulheres que ele vai casar, apesar de quando a mulher casar tem que morar na casa da família do marido”, exemplifica.

Da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Carlos Gustavo Nunes da Silva explicou sobre a “Determinação sexual nas abelhas: ser masculino ou feminino, decisão de um único gene?”; da Fundação Centro de Análise de Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), Eduardo Freire Nakamura ministrou a palestra intitulada “Pesquisas em rede de sensores sem fio com aplicações voltadas para a preservação da Amazônia”; da Universidade Federal do Pará (UFPA), Marcelo Cancela Lisboa Cohen expôs seu trabalho sobre “Os impactos das mudanças climáticas e o aumento no nível do mar sobre os manguezais do norte do Brasil durante os últimos 10 mil anos”.

Coordenador do LBA de Santarém, Rodrigo da Silva, fechou a sessão de seminários com um tema instigante: “BioGeoFísica da Região Amazônica: implicações frente as mudanças climáticas”.“Nós temos um problema na ciência hoje, da mudança aqui na atmosfera que é o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera. A grande questão que nos interessa, primordial, é saber como que a Amazônia está funcionando frente às mudanças climáticas, como ela responde à essas mudanças?”, indagou o professor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, deu-se início à apresentação e diplomação dos novos Membros Afiliados da ABC. Compuseram a mesa solene o diretor do Inpa e vice-presidente regional norte da ABC, Adalberto Luis Val; o presidente da ABC, Jacob Palis; representando aUfam, Selma Baçal e representando o Governo do Estado do Amazonas, a diretora presidenta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Maria Olívia Simão. O membro titular da ABC, Horácio Schneider, saudou os novos acadêmicos.

Finalizando a cerimônia, Rodrigo da Silva discursou em nome dos recém empossados da ABC: “Queremos um país melhor, soberano é o país que se preocupa e investe na educação do seu povo. Nesses tempos que nosso país é destaque mundial e a região amazônica é cobiçada por muitos, as soluções para os problemas da Amazônia devem ser sugeridas pelas bases do conhecimento cientifico”.

Composta por mais de 600 cientistas brasileiros, a ABC afilia anualmente, por cada região do país, cinco jovens doutores que permanecem como membros da academia por um período de cinco anos. Contribui desde 1916 para o estudo de temas de primeira importância para a sociedade, seu foco é o desenvolvimento científico do país, a interação entre os cientistas brasileiros e destes com pesquisadores de outras nações.

Foto da chamada: Eduardo Gomes
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