ConsCiência: teoria e prática de manejo florestal no laboratório vivo
O evento aconteceu na Reserva Experimental ZF-2 do Inpa neste sábado (17) e domingo (18)
Da redação da Ascom
Aprender a teoria e presenciar a prática dentro de um dos melhores laboratórios do mundo, a Floresta Amazônica. Foi nesse cenário que aconteceu no sábado (17) e domingo (18) o V Encontro ConsCiência, na reserva experimental Zona Franca 2 (ZF-2), localizada no Km 60 da BR-174 (Manaus – Boa Vista) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).
Os pesquisadores do Laboratório de Manejo Florestal (LMF) do Instituto, Niro Higuchi e Joaquim Santos, o mestre Gabriel Ribeiro e o doutor Adriano Lima, formados no curso de Ciências Florestais do Inpa, foram os responsáveis pelas palestras sobre “Manejo Florestal e a abordagem do Novo Código Florestal Brasileiro”, que contou ainda com a presença da jornalista convidada, Mel Luna, repórter do Amazon Sat.
Da sala de aula à prática
Durante todo o sábado (17) os participantes aprenderam sobre história do manejo florestal no mundo e na Amazônia, prática do manejo florestal, debateram sobre as propostas do novo código florestal e as pesquisas desenvolvidas pelo LMF. Também discutiram o papel do jornalista em relação à divulgação científica e de que forma tem sido realizada no Estado. No domingo (18), visitaram uma das torres da reserva e conheceram na prática as áreas de manejo florestal mantidas na ZF-2.
Pontos polêmicos
Os pontos polêmicos discutidos sobre o Código Florestal, segunda palestra do sábado
(17), foram Áreas de Preservação Permanente (APP) e reserva legal. No entanto, Higuchi destaca que essas alterações de áreas não são problemas comparados a grande deficiência na fiscalização. “Então se a gente fica discutindo se é 15m ou 30m (de área a ser preservada), esquecemos que nós não temos a capacidade de fiscalizar e o futuro tende ser pior do que o atual”, avalia.
Entretanto, Higuchi destacou um ponto positivo no novo código, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para as reservas legais, que determina “registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico, combate ao desmatamento, além de outras funções previstas no regulamento”.
“As áreas que têm condições de se aproveitar do Código Florestal com anistia ou sem anistia, maior reserva legal ou menor reserva legal, maior área de desmatamento ou não representa apenas um pouco mais 5% na Amazônia”, explica Higuchi.
Para a jornalista Mel Luna, presenciar e aprender na prática como é feito o manejo florestal é fundamental para o entendimento e para que o jornalista perceba o tema com mais sensibilidade. “Para mim foi um grande prazer estar aqui aprendendo. As pautas aqui na Amazônia são infinitas, você acessa o site das instituições de pesquisas e encontra muitas pesquisas”, analisa Luna.
Foto da chamada: Eduardo Gomes
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