Mulheres na ciência: ainda existe muito ‘fardo’ para carregar
Uma das palestrantes foi a pesquisadora do Inpa Vera Val, que falou sobre os desafios das mulheres que atuam na ciência principalmente na Amazônia
Por Josiane Santos
Goiânia (GO)
Os desafios da ciência no Brasil ainda são muitos, principalmente na formação de mais recursos humanos. Esses desafios se tornam ainda maiores para as mulheres que iniciam ou que já estão na prática da ciência.
Esses desafios e a tragetória da inserção da mulher na ciência foi o assunto debatido no Simpósio “As mulheres na Ciência”, segunda-feira (11), na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
As palestras foram proferidas pela pesquisadora Vera Val, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) e a pesquisadora Alice de Paiva Abreu, do Internacional Council for Science (ICSU).
Val fala sobre o “carregar o fardo” que as cientistas passam no dia-a-dia para contribuir na formação de mão-de-obra na ciência. “O esforço de orientar (alunos) está mais voltado para as mulheres, enquanto que os homens acabam assumindo mais a gestão e o trabalho de pesquisa em campo”, disse a pesquisadora.
Dentre as dificuldades enfrentadas pela mulher, as palestrantes citaram a difícil tarefa de conciliar o trabalho e a vida particular.
Estereótipos
A pesquisadora falou sobre algumas áreas que já estão estereotipadas como voltadas para os homens e outras para as mulheres. “Temos que deixar de batizar certas áreas. Não é porque é uma área que exige ‘só’ leitura que isso a torna fácil”, exemplifica Val.
Longe de um debate que instiga uma disputa de espaço entre homens e mulheres na ciência, o que se busca é um incentivo a estudantes que estão iniciando sua carreira acadêmica a conhecer e trabalhar no desenvolvimento de ciência no Brasil.
Foto da chamada: Daniel Jordano
Redes Sociais