SBPC pede que cientistas sejam de fato ouvidos em relação ao código florestal
Uma carta foi elaborada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em relação ao Tema. Em coletiva a Presidenta da SBPC, Helena Nader, cobrou parlamentares
Por Daniel Jordano
Goiânia (GO)
O primeiro dia de atividades, palestras e oficinas da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que ocorre em Goiânia (GO), foi marcado pela discussão em torno da proposta do novo Código Florestal.
A presidenta da SBPC, Helena Nader, em entrevista coletiva pediu que os cientistas sejam de fato ouvidos em relação ao novo Código Florestal. Ela lembrou que não é bom para o país que a discussão em torno do tema seja uma disputa entre agronegócio e meio ambiente, mas cobrou parlamentares.
“Eles estão lá para representar a povo brasileiro e não interesses”, disse Nader sobre parlamentares e o Código Florestal.
Helena Nader afirmou ainda que no caso do código, é preciso integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado aos debates. Para o diretor da entidade, José Antônio, já há um diálogo entre ambientalistas e o agronegócio, mas é preciso rever no código as particularidades de cada região. “O tratamento do código é linear para todos os biomas e isso não pode ocorrer”, afirma.
Uma carta foi elaborada pela SBPC e pela Academia Brasileira de Ciência (ABC) sobre o tema (veja documento na íntegra aqui).
Educação
A presidenta da SBPC voltou a pedir que o projeto de lei 220/10, que autoriza a contratação de professores sem o curso de pós-graduação pelas Instituições de ensino superior, não seja aprovado no senado. O tema deve ir ao plenário nesta terça-feira (12). “É um retrocesso. Há ainda uma outra situação: somos contra a revalidação de diplomas que não seja em Instituição credenciada com curso de pós-graduação com doutorado. Não estamos para servir A ou B, estamos para servir ao Brasil”, finaliza.
SBPC
A 63 Reunião Anual da SBPC teve início com mais de 8 mil inscritos, número que deve aumentar com as inscrições que estão sendo realizadas no local do evento. Entre a série de atividades que marcam a programação, estão 5.947 trabalhos de pesquisa e experiências de ensino-aprendizagem, 61 conferências, 80 mesas-redondas, 10 simpósios, sete sessões especiais, 80 mini-cursos e cinco assembléias. Participarão do encontro 314 palestrantes de Goiás e 124 de outros estados. Para tudo funcionar a contento, há 400 monitores e 200 pessoas trabalhando na organização do evento.
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