Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias > As adaptações da biota aquática Amazônica abrem discussões em seminário
Início do conteúdo da página
Notícias

As adaptações da biota aquática Amazônica abrem discussões em seminário

  • Publicado: Quarta, 04 de Maio de 2011, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 11 de Maio de 2015, 08h35

 

Ascom Inpa

Eduardo Gomes
Os INCTs serão avaliados por Luís Antônio de Oliveira, Elizabeth Balbachevsky e Vera Lúcia Imperatriz Fonseca

O seminário realizado pela Fapeam é um desdobramento da 1ª Reunião de Acompanhamento e Avaliação dos INCTs que aconteceu em novembro de 2010 em Brasília (DF).

Por Wallace Abreu

Ascom/ Adapta

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) realiza durante esta quinta-feira (05) o Seminário de Avaliação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD) – Fiocruz Amazônia.

O seminário reunirá os INCTs Madeiras da Amazônia, Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (Cembam), Serviços Ambientais da Amazônia (Servamb), Centro de Energia, Ambiente e Biodiversidade (CEAB), Instituto Nacional de Pesquisas Brasil Plural e Centro de Estudos de Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta).

Siga o Adapta no Twitter

Durante a abertura do evento, a diretora-presidenta da Fapeam Maria Olívia Simão destacou a importância da realização deste seminário para o desenvolvimento das pesquisas que estão sendo feitas por estes INCTs. “Estes Institutos trazem um modelo novo de como produzir ciência neste país. Por tanto é extremamente necessário que haja esse encontro, essa troca de informações para que possamos analisar os resultados e pontuar as dificuldades“, disse Simão.

O seminário conta com a participação da representante do Conselho Nacionalde Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ana Lúcia Assad e dos consultores Luís Antônio de Oliveira do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), Elizabeth Balbachevsky e Vera Lúcia Imperatriz Fonseca da Universidade de São Paulo (USP).

“Os INCTs hoje são um desafio nacional. Estamos falando de um programa no valor total de R$ 600 milhões em investimentos em novas pesquisas científicas e tecnológicas. Trata-se de uma construção que envolve várias agências de financiamento, além do CNPq, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Banco Nacional de Desenvolvimento Sustentável (BNDS), a Petrobras e as várias Fundações de Amparo à Pesquisa“, comenta Assad.

Adapta

O coordenador do INCT Adapta, Adalberto Val, foi o primeiro a apresentar os resultados obtidos pelo Instituto nestes primeiros dois anos do projeto. “No começo deste ano concluímos a montagem da infra-estrutura necessária para que as pesquisas propostas tenham segmento. Os equipamentos já estão em fase de testes e logo em seguida iniciaremos os experimentos tanto na plataforma Sólid, que só existem quatro como esta no Brasil e nos microcosmos onde reproduziremos os cenários de mudanças climáticas previstas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) até o ano de 2100”, destaca Val.

Os microcosmos são quatro laboratórios de 25m³ onde as temperaturas climáticas serão reproduzidas simulando diferentes épocas entre os dias atuais até o ano de 2100. Nestes ambientes serão analisados peixes, plantas, microorganismos, insetos e suas adaptações de diante das diferentes variações ambientais.

“Um resultado interesse de ser destacado está ligado aos níveis populacionais de peixes da região, criados tanto em ambientes naturais quanto em cativeiros. Quanto mais homogênea for a cor do Tambaqui, mais estruturada está a população desta espécie. Ou seja, não há fluxo gênico entre estas populações. O que acontece é que ao longo do tempo, teremos um isolamento definitivo destas populações e não é a toa que quando temos uma variação de temperatura de um ou dois graus morrem tantos peixes, pois se tem uma coisa extremamente estruturada e uma pequena variabilidade dentro deste processo”, destaca Val.

Outro importante resultado destacado por Val é que as diferenças nas características ambientais definem a distribuição dos organismos aquáticos. A pesquisa realizada em diferentes rios da Bacia Amazônica, entre eles o Solimões, Tapajós, Negro e Purus onde foram estudadas 134 espécies da biota aquática Amazônica e dentre elas, apenas uma espécie ocorre em todos os ambientes. Esta será a primeira espécie que vai para o Sólid para que seja realizada sua análise de expressão gênica.

registrado em:
Fim do conteúdo da página