Novas pesquisas com transplantes de células troncos são desenvolvidas pelo Inpa, em parceria com a UFMG e MCTI

O diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França ressaltou na sua palestra sobre as novas pesquisas aplicadas em mamíferos e peixes da Amazônia

Texto e foto: Caroline Rocha/ Ascom Inpa

Convidado para palestrar, nesta quinta-feira (07), na sede administrativa do Museu da Amazônia (Musa), o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI), o pesquisador Luiz Renato de França, discorreu sobre as técnicas desenvolvidas em Transplantes de Espermatogônias Tronco e de Fragmentos Testiculares em Vertebrados.

Especializado em biologia celular e fisiologia da reprodução, França abordou durante sua palestra, os novos procedimentos de biotecnologias utilizadas com a criopreservação (técnica que permite conservar células a temperaturas muito baixas) para o transplante de espermatogônias troncoem vertebrados, como por exemplo, em mamíferos e peixes.

O pesquisador ressaltou ainda a ampla importância do transplante de células germinativas nas espécies. “As células troncos são utilizadas para entender a biologia reprodutiva e conservar as espécies que estão ameaçadas de extinção; produzir animais transgênicos que podem servir como modelos experimentais; além de preservar a fertilidade no ser humano que irá passar por quimioterapia”, explica o pesquisador.

O diretor geral do Musa Ennio Candotti destacou que as reuniões na sede administrativa do Musa já são tradicionais e englobam cientistas de todas as áreas. “Por meio das reuniões que acontecem todas as quintas-feiras aqui no musa, temos o propósito de enriquecer o acervo de ideias, explorando e divulgando a ciência no Amazonas, pois grande parte dos nossos projetos nasceram desses debates”, finalizou.

Pesquisas em Peixes-Boi da Amazônia

França revela que novas pesquisas estão sendo desenvolvidas numa parceria entre o Inpa, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e os pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com o objetivo de criopreservar as células e preservar os germoplasmas (recurso genético que conserva e melhora o material genético das espécies para uso imediato ou futuro) dos peixes-boi da Amazônia, para dar continuidade à espécie. A pesquisa também está sendo aplicada em animais que não se reproduzem em cativeiro.