Piscicultura como meio de subsistência rentável
Ascom Inpa
O último painel do III Workshop Adapta trouxe como tema foi moderado pelo coordenador geral do Adapta e diretor do Inpa, Adalberto Val
Por Josiane Santos
No último dia de apresentação de trabalhos do III Workshop do Centro de Estudos e Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta), realizado nesta quarta-feira (20), a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) Elizabeth Gusmão Affonso apresentou alguns resultados pré-liminares de área da piscicultura como meio de subsistência.
A pesquisadora trabalha na Coordenação de Pesquisas em Aquicultura (CPAQ) do Instituto e coordena sub-projeto Aquicultura na Amazônia Ocidental financiado pelo Adapta
Gusmão citou alguns exemplos de atividades desenvolvidas em comunidades indígenas na produção de matrinxã (Brycon amazonicus) como no município de São Gabriel da Cachoeira, interior do Amazonas, e em áreas rurais de Manaus. “Quase 80% da nossa piscicultura advêm da produção familiar e 20% da produção empresarial. Um ponto importante quem trabalha com essa espécie, matrinxã, que é extremamente adaptada para pequenas produções e para nível de subsistência”, avalia Gusmão.
Desafios
Dentre os desafios citados pela pesquisadora na produção de filhote de peixes (alevinos) é falta de mão-de-obra que ainda não é suficiente, principalmente, porque estudos como este demanda conhecimento da espécie, comportamento, fisiologia, biologia em ambientes diferentes. “É muito difícil trabalhar com tecnologia, uma vez que a pesquisa anda em passos lentos e a tecnologia anda muito mais rápida isso em função do número muito reduzido de mão-de-obra”, frisou Gusmão.
A pesquisadora também citou algumas rações e ingredientes que estão sendo testados nos sítios de locais de cultivos e também um acompanhamento da qualidade desse sistema, principalmente, o sistema de canal de igarapé.
“Criar peixe pode até ensinar como criar ou como fazer um sistema produtivo até relativamente fácil, a questão é como produzir barato e fazer desse pescado uma coisa rentável e que se produza em baixo custo”, explica.
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