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III Workshop Adapta: Fronteiras do conhecimento

  • Publicado: Segunda, 18 de Abril de 2011, 20h00
  • Última atualização em Sexta, 08 de Maio de 2015, 11h21

 

Ascom Inpa

O evento realizado pelo INCT Centro de Estudos de Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta) encerra na tarde desta quarta-feira (20)

Por Wallace Abreu

“Uma fronteira é uma região adjacente aos limites que conhecemos, e o recorte que daremos hoje aqui é o da diversidade biológica. Há vários conceitos teóricos sobre este assunto, mas o mais comum diz que biodiversidade é a variedade estrutural e funcional de formas de vida”, destaca Adalberto Val, coordenador do INCT Adapta e diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) em sua palestra na tarde desta terça-feira (19), durante a programação do III Workshop Adapta.

Entender como essa diversidade biológica se dá requer entender como processos ecológicos, geológicos, bioquímicos e evolutivos interagiram e determinaram as especificações de cada lugar.

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O bioma amazônico não é só brasileiro. Estende-se por grande parte da América do Sul e corresponde a 55% do território brasileiro, 10% da população o que equivale a 25 milhões de brasileiros vivendo nesta região. “A Amazônia possui vasta riqueza biológica e cultural e faz parte dos quatro eldorados desconhecidos do mundo, entre eles, o mar, o centro da terra e o espaço sideral”, comenta Val.

Na Amazônia, há uma imensa diversidade de tipos de águas e nesse ambiente, surge uma diversidade maior ainda, em espécies de peixes. Há os que chegam a relatar mais de oito mil espécies nesta região.

Há fatores que tentam explicar essa diversidade de peixes na Amazônia como a formação da bacia, sua dinâmica e até fatores genéticos, mas há questões atuais acerca da biodiversidade e conservação biológica da amazônica segundo Val.

“São novos fatores que precisam ser levantados como, quais espécies existem e como estão relacionados; como e porque a biodiversidade muda ao longo do tempo; como estas espécies vivem; o que determina o desaparecimento delas; e outras”, destaca Val.

Grandes problemas sociais interferem na evolução e levam estas espécies a se adaptarem como a degradação ambiental, mineração, urbanização desacelerada das cidades, desmatamento, hidrelétricas e mudanças climáticas globais.

“O cobre (Cu) é um metal altamente tóxico aos organismos aquáticos acima de uma determinada concentração. Um estudo foi realizado com várias espécies de peixes e invertebrados e medido a sensibilidade destes ao cobre. Chegamos a um grande resultado e descobrimos que o carbono orgânico dissolvido ajuda a proteger estes organismos dos metais”, ressalta Val.

Há outros fatores que também são responsáveis pelas adaptações destes organismos como os compostos presentes no petróleo que tem a capacidade de quebrar as células e interferir diretamente no DNA destes organismos e o aumento da radiação ultravioleta (UV). Hoje temos 17% de áreas desmatadas na Amazônia e isso causa uma grande exposição de colunas d’água a estes raios UV.

“O hiato em nosso entendimento acerca das relações entre os peixes e seus ambientes na Amazônia é expressivo. O desconhecido excede em muito o conhecido”, conclui Val.

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