Jornalistas e pesquisadores falam sobre mudanças climáticas
Ascom Inpa
Os debates ocorreram neste fim de semana durante o ll Encontro Consciência
Por Daniel Jordano
Uma visão privilegiada da floresta em uma torre de 53 metros de altura, após uma palestra sobre mudanças climáticas e a dinâmica da atmosfera na Amazônia.
Essa foi um das atividades do ll Encontro ConsCIÊNCIA realizado no último sábado(16) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). O evento ocorreu na reserva de experimentação do Instituto na BR 174 (Manaus - Boa Vista).
O objetivo é aproximar ainda mais os pesquisadores dos jornalistas. Nesse segundo encontro, foram feitas atividades em campo que envolveram, além da visita a torre do programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia (LBA), palestras e debates sobre a divulgação científica na Amazônia.
Para o jornalista convidado desta edição, Yano Sérgio, o evento ajuda a promover o jornalismo científico na região e fortalecer a relação de confiança entre jornalista e pesquisador. “É sempre bom a discussão do jornalismo científico e é sempre bom estreitar laços entre jornalistas e cientistas. Com certeza as pessoas saíram daqui mais preparadas para se enveredarem neste mundo vasto que é a ciência”, destacou.
A pesquisa
As pesquisas realizadas na reserva de experimentação do Inpa têm a finalidade de avaliar como se dá a dinâmica da atmosfera na região, como ela se relaciona com a floresta, além de estabelecer modelos que permitem analisar de que maneira a floresta seqüestra carbono do ar.
Para o pesquisador do Inpa, Antonio Manzi, o evento permite o contato dos jornalistas ao processo científico e ajuda no processo de entendimento por parte da popularização sobre o tema mudanças climáticas. Segundo Manzi, é preciso reduzir as emissões de gases dos efeitos estufa na atmosfera. “A capacidade da vegetação de retirar o carbono da atmosfera é menor que as emissões”, explica.
Para o aluno de mestrado do curso de Pós-Graduação de Clima em Ambiente do Inpa, Bruno Tanaka, o resultados das pesquisas podem chegar ao dia-a-dia da população através da divulgação. Ele enfatiza o papel da ciência na região. “Com os estudos podemos entender qual é o potencial da Amazônia e como podemos tirar aproveitar os recursos sem devastar, pensar que um dia vamos ter um mundo melhor quando a consciência em relação a floresta mudar”, finaliza Tanaka.
Foto da Chamada: Tabajara Moreno
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