III Workshop Adapta: o estudo genético para entender as mudanças dos organismos aquáticos
Ascom Inpa
Na tarde desta segunda-feira (18), mais rodadas de palestras fizeram parte do III Workshop do Centro de Estudos e Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (Adapta)
Por Josiane Santos
As palestras tiveram como tema a genética e evolução de organismos aquáticos para adaptação aos ambientes aquáticos, moderado pela pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) Eliana Feldberg.
Os trabalhos apresentados trataram como tema central os elementos transponíveis, importantes para o estudo das espécies e as grandes mudanças evolutivas.“Elementos transponíveis, também chamados Rex, são sequências de DNA que têm a capacidade intrínseca de mover-se e recrutar-se dentro dos genomas”, explica a pesquisadora Fernanda Antunes Alves Costa, pós-doutoranda da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
De acordo com a pesquisadora e professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Maria Claudia Gross, o Rex 3, elemento transponível presente em todas as espécies, pode sofrer influencias ambientais como temperatura, PH, parasita, vírus, poluição até mesmo conservação do oxigênio e possuem a capacidade de se autoduplicar e movimentar dentro do genoma . “Quando você tem esses parâmetros alterados, você pode ter uma alteração no teu genoma”, explica.
Várias espécies diferentes de peixes estão sendo estudas por um grupo de pesquisadores intitulado “Localização física cromossômica dos retrotransposons Rex 3 em diferentes espécies de peixes sob diferentes condições ambientais”, coordenado pela pesquisadora Eliana Feldberg.
“Um ambiente poluído pode estar sim favorecendo a duplicação desses elementos transponíveis e isso pode estar alterando a expressão de alguns genes, inclusive, favorecendo esse processo dele (Tamatá) conseguir ficar nesse ambiente poluído, já que um dos poucos que sobrevive nesse ambiente”, alertou Claudia Gross.
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