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Peixe-boi Erê comemora 13 anos nesta sexta

  • Publicado: Quinta, 07 de Abril de 2011, 20h00
  • Última atualização em Sexta, 08 de Maio de 2015, 10h54

 

Ascom Inpa

O primeiro peixe-boi da Amazônia concebido, gerado e nascido em cativeiro no Inpa, faz aniversário

Por Séfora Antela

Ascom/Ampa

Sua história é um marco do Projeto Peixe-boi da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia(Inpa/MCT), que atua em convênio com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), patrocinada pela Petrobras. Tudo começou com o resgate de um filhote de peixe-boi fêmea, batizada como “Boo”.

“Boo” chegou ao Inpa na década de 70, período em que se sabia muito pouco sobre a espécie. Ela foi levada ao Instituto ainda filhote, vítima de maus tratos. Recebeu os primeiros cuidados da pesquisadora pioneira do Projeto, Diana Magor.

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“Boo” resistiu a dias difíceis vividos pelo Projeto nas décadas de 70 e 80, e, pelo bem da ciência, em 1998, aos seus 24 anos, deu à luz ao primeiro bebê peixe-boi da Amazônia gerado e nascido em cativeiro, o “Erê”, nome escolhido por uma criança de Manaus, por meio de uma campanha promovida pelo Projeto.

O nascimento do Erê foi uma grande surpresa. No dia 08 de abril de 1998, os tratadores do Projeto Peixe-boi da Amazônia esvaziaram o tanque para ser realizado exame de biometria, pesagem e medida dos animais, e levaram um grande susto. Havia um bebê peixe-boi ainda envolto na placenta junto aos demais.

“Foi um misto de sentimentos: surpresa, alegria, espanto. Nós já tínhamos observado que a “Boo”estava mais gorda e mais resistente ao toque na hora que fazíamos a biometria, mas não esperávamos que ela estava grávida. Infelizmente não presenciamos o parto, o que tornaria a surpresa muito mais emocionante. Pra mim é um orgulho ter acompanhado o crescimento desse filhote”, conta emocionado o tratador que atua no Projeto há 15 anos, Marcelo da Silva.

Para o veterinário do Inpa, Anselmo d’Affonseca, esse foi um acontecimento importante para obtenção de mais informações sobre a biologia da espécie. “A partir desse nascimento, começamos a ter dados sobre a interação de mãe e filhote, a composição do leite, da vocalização da mãe e filhote, da época de desmame, foi possível também começar a comparar o crescimento do Erê com os filhotes órfãos”, explica.

Grande família

“Boo”não parou por aí. Tratou de aumentar a família. No ano em que o “Erê” completou três anos, mais um herdeiro dela veio ao mundo, infelizmente natimorto. No entanto, mais uma vez ela surpreendeu a todos ao realizar outra façanha inédita, ela adotou dois filhotes órfãos, “Tapajós” e “Manaós”. Depois de ter criado os filhos adotivos, a mamãe “Boo” novamente engravida e em 2004, nasce “Kinja”. No ano em que a Ampa comemorava suas 10 primaveras, o Parque Aquático Robin C. Best ganha mais um morador, “Ayrumã”, o terceiro filho legítimo da super-mamãe, que não satisfeita, resolveu aumentar a família com mais um membro, adotando sua terceira filha, “Erapuã”.

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