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Pesquisador publica cartilha sobre cultivo e manejo do pau-rosa

  • Publicado: Segunda, 21 de Fevereiro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Sexta, 08 de Maio de 2015, 09h43

 

Ascom Inpa

A cartilha tem como público alvo as comunidades que têm interesse em fazer do pau-rosa uma alternativa na geração de renda

Por Aline Cardoso

O pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) é uma das espécies de árvores da Amazônia mais visadas em caráter internacional pela sua utilização na indústria de cosméticos, principalmente na perfumaria fina e por isso possui uma grande demanda por parte das comunidades rurais, para usar o óleo extraído de seus galhos e folhas e produzir sabonetes, óleos perfumados, através de cooperativas. A publicação é da Editora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) com lançamento em breve.

A cartilha foi composta por quatro autores: Keuris Kelly Souza da Silva, mestranda em Ciências de Florestas Tropicais (CFT/Inpa), Elisabete Brocki, pró-reitora de graduação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Gil Vieira, pesquisador da Coordenação de Pesquisa em Silvicultura Tropical (CPST/Inpa). O pesquisador responsável e também autor da cartilha é Paulo de Tarso Barbosa Sampaio também do CPST/Inpa.

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A idéia era produzir uma cartilha sobre o manejo do pau-rosa, segundo Sampaio, partiu da necessidade de que a árvore em questão está incluída na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora (CITES) na categoria de plantas ameaçadas de extinção e obriga o governo brasileiro a adotar políticas para o uso e a conservação da espécie, sendo que a autoridade denominada é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Quanto à produção da cartilha, de acordo com o pesquisador, foi utilizada uma linguagem acessível ao produtor para que este entenda e saiba como cultivar o pau-rosa da maneira correta, dando o passo a passo desde o plantio ao sistema de poda. O pau-rosa é economicamente viável para o plantio e produção nas comunidades rurais por ser uma alternativa sustentável.

“Utilizando o sistema de podas, não há a degradação da árvore e ela se recompõe mais rapidamente, ou seja, é um método diferente do que foi utilizado há décadas que não dava tempo suficiente do recurso se renovar. Essa é a proposta de manejo nos plantios do pau-rosa, para que ela venha a se tornar uma atividade intensa e lucrativa para os produtores”, explica Sampaio.

Com base em pesquisas realizadas nas comunidades dos municípios de Presidente Figueiredo e Silves, interior do Amazonas, notou-se grande interesse por parte dos agricultores em cultivar o pau-rosa, visto que essas são áreas em que a árvore ocorria naturalmente.

Os projetos de pesquisa visam reintroduzir a espécie nessas localidades e com a participação da comunidade, previamente selecionada, a ocorrência do pau-rosa deve se fazer presente no meio ambiente.

Sabe-se que a exploração maciça do pau-rosa por décadas, sem que houvesse plano de manejo e/ou critério de exploração, resultou na raridade das árvores nativas, que hoje se encontram em maior parte em reservas florestais no Amazonas, por isso medidas foram adotadas para que a espécie não desapareça. Dentre essas medidas, encontram-se as pesquisas e o plantio das mudas, que em um período de cinco anos permite a extração do óleo dos galhos e folhas, que tem composição diferente do óleo da madeira, mas que também é apreciada pela indústria de perfumaria.

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