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Pesquisa avalia e caracteriza a cadeia produtiva da borracha em Lábrea (AM)

  • Publicado: Quarta, 09 de Fevereiro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Sexta, 08 de Maio de 2015, 09h31

Ascom Inpa

Edinaldo Lopes,
Estoque de borracha no galpão da comunidade São Luiz do Maoriá

... ser impermeável foi a qualidade que primeiro chamou a atenção do mundo. Usar sapatos, capas de chuva, luvas cirúrgicas, sutiãs e espartilhos, cintas e elásticos de múltiplos usos era fashion ter pelo menos uma parte do corpo impermeável a chuvas e bactérias e moldar o corpo a estética do momento... *

Por Josiane Santos

Conforme o poema, a produção de borracha no Amazonas trouxe uma época de auge para o estado, um momento de crescimento econômico e social que ficou na história.

A pesquisa desenvolvida no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) por Edinaldo Lopes de Oliveira, estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Agricultura de Trópico Úmido (PPG-ATU), que analisou e caracterizou todos os elos pertencentes à cadeia produtiva da borracha no município de Lábrea, interior do Amazonas. O trabalho foi orientado pela pesquisadora do Instituto Sônia Sena Alfaia.

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O Governo do Estado por meio da Secretária de Estado de Produção Rural (Sepror) pretende reativar alguns seringais com a finalidade de fornecer látex para a indústria.

O estudo identificou que a cadeia produtiva de borracha em Lábrea é composta por seringueiros, fornecedores de insumos, comerciantes, regatões, agentes governamentais (assistência técnica) e associações de seringueiros. No município, não existe indústria para extração de borracha, somente trabalham com produção extrativista.

“Primeiro avaliamos a cadeia que identificou esses elos, como estão funcionando e as formas que eles interagem; e no segundo momento nós fizemos um levantamento da produção”, explica Oliveira.

Na avaliação e característica da produção, foram entrevistados 50 seringueiros, um fornecedor de insumos – que fornece material para extração da borracha -, um técnico, duas associações de seringueiros e três comerciantes.

Resultados

A pesquisa iniciou em 2008 avaliando a produção de um ano de fabricação (ano de corte da seringueira, normalmente, de maio a dezembro) de um seringal. Nesse seringal, o pesquisador escolheu três colocações (área que cada seringueiro utiliza fazendo corte das árvores), e dentro de cada colocação duas estradas e em cada estrada dez plantas.  

“Podemos perceber que as plantas são produtivas e que necessitam de um estudo melhor para desenvolvermos métodos para aumentar a produção. Percebemos que essas plantas têm um potencial produtivo muito grande e estamos propondo um estudo genético dessas plantas”, concluiu Oliveira.

A pesquisa concluiu que a cadeia produtiva da borracha no município de Lábrea é incompleta, por não existir o elo da indústria, ausência de políticas públicas exclusivas para a extração de borracha, falta de kit seringa (400 tigelas, duas facas de seringa, um balde e uma lanterna) aos produtores, ausência de assistência técnica extensão rural na atividade de extração do látex são alguns entraves identificados no estudo. Outro ponto de entrave importante encontrado para ativação da produção de borracha é a falta de documento fundiário da terra.

Outros trabalhos

Outras pesquisas foram realizadas pelo Inpa no estado entre elas, uma que avalia produção de borracha no município de Itacoatiara, interior do Amazonas, e outra que analisou o cultivo de seringueiras nos solos de terra firma, várzea e terra preta de índio.

* Poema de autoria de Aldísio Filgueiras

Foto da chamada: Edinaldo Lopes (acervo pesquisador)

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