Uma diversidade de espécies de peixes existente na região dos rios Tapajós e Xingu e os impactos causados pelo homem foram debatidos no terceiro dia do XIX Encontro Brasileiro de Ictiologia

Por Josiane Santos

Qualquer tipo de alteração que modifique o ambiente natural gera aspectos negativos na ictiofauna, foi o alerta que o pesquisador Jansen Zuanon do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). Zuanon explicou e demonstrou algumas espécies existentes na região do rio Xingu.

Zuanon também falou, como ele descreveu as “ameaças evidentes”, o uso indevido do solo, agricultura em larga escala, e as grandes obras que estão ocorrendo no Brasil como Belo Monte. O explicou que hoje já é possível amenizar os impactos que as usinas causam ao meio ambiente.

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“Hoje em dia já há algumas tecnologias um pouco menos agressivas, por exemplo, mudando a estrutura das turbinas das barragens e o posicionamento nelas no rio, é possível com fazer que haja um fluxo que melhore um pouco a qualidade da água e vida dos peixes, mas aquela parte da fauna de peixes que vivem só nas pedras com correnteza forte, muita turbulência e altos níveis de oxigênio essas desaparecem porque o ambiente desaparece”, afirma o pesquisador. Zuanon cita como exemplo o peixe acará-zebra, espécie bastante explorada no mercado de peixes ornamentais, mas ameaçada de extinção.

Outro pesquisador do Inpa, Efrem Ferreira, apresentou os estudos feitos na região do rio Teles Pires. Ferreira tem estudos comparativos sobre os impactos da construção da Hidrelétrica de Balbina na ictiofauna da região.

Diversidade

Os palestrantes do Marcelo Britto do Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ) e David de Santana do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) falaram sobre as espécies peixes-gatos (Callichthyidae) e da ordem dos Gymnotiformes existentes na região.

O Encontro acontece até esta sexta-feira (4). Confira as atividades aqui.

Foto da chamada: Flávio Ribeiro