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LMA/Inpa, em parceria com pesquisadores Japoneses, realiza novo experimento em peixes-bois

  • Publicado: Quarta, 19 de Janeiro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Sexta, 08 de Maio de 2015, 08h48

 

Ascom Inpa

Por Wallace Abreu

Ascom/Ampa

Até a próxima sexta-feira (21), o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), em parceria com a Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa), recebe no Parque Aquático Robin C. Best a equipe de pesquisadores japoneses para a realização de novos experimentos com peixes-bois da Amazônia (Trichechus inunguis).

A equipe é formada pelo Dr. Tomonari Akamatsu da Divisão Nacional de Ciência e Tecnologia de Tóquio e pelas alunas de doutorado Yukiko Sasaki e Yayoi Yoshida do Centro de Pesquisa da Vida Silvestre em Kyoto.

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O objetivo da pesquisa é analisar o comportamento alimentar do peixe-boi da Amazônia em cativeiro. No Parque, atualmente, vivem 49 peixes-bois, vítimas da caça predatória na região. “O intuito é também detectar o som e a mastigação do peixe-boi e distinguir os diferentes alimentos consumidos pelo animal após a sua reintrodução na natureza, comenta Diogo Souza, biólogo e pesquisador da Ampa.

“A realização deste estudo piloto é de extrema importância, pois não conseguimos observar os animais se alimentando na natureza e, com isso, podemos identificar se os animais estão realmente se alimentando de plantas consumidas pelos peixes-bois de vida livre, que nunca saíram de seu habitat natural”, relata Souza.

O método utilizado pelos pesquisadores é o “acoustic data logger”, no qual é feito o registro dos dados sonoros, através de um hidrofone. Caso os pesquisadores obtenham sucesso, o aparelho será acoplado ao cinto transmissor dos peixes-bois escolhidos para retornar à natureza, por meio do Programa de Reintrodução de Peixes-bois da Amazônia Criados em Cativeiro, realizado pela Ampa e Inpa desde 2008.

“Estamos analisando os diferentes tipos de plantas consumidas pelos peixes-bois e os diferentes sons da mastigação. Num último trabalho de reintrodução realizado pelo LMA, constatou-se que um dos peixes-bois teve dificuldade de procurar alimento e morreu. Este dispositivo possui uma bateria para durar nove dias. Terminado este período, o dispositivo se soltará do cinto transmissor, utilizado para a monitorar os peixes-bois, e poderá ser encontrado através da radiotelemetria, mesma tecnologia já usada pelos pesquisadores da Ampa e do Inpa no monitoramento. Em laboratório, poderemos analisar se nos primeiros dias, após a reintrodução, o animal estará se alimentando com frequência”, ressalta Akamatsu.

É um sistema inédito, nunca testado antes com outros animais. Com esta tecnologia, também poderá ser analisado se o peixe-boi reintroduzido à natureza está conseguindo socializar com os peixes-bois que já habitam a área. “Caso haja a vocalização de um ou mais peixes-bois, além do reintroduzido, fica clara a inserção deste ao meio natural”, comenta Akamatsu.

“Trata-se de uma tecnologia moderna que poderá contribuir para o conhecimento da ecologia alimentar da espécie em seu habitat natural”, conclui Souza.

Ação conjunta

O primeiro passo foi dado em 2007, com a criação de um termo de cooperação técnica entre o LMA e os pesquisadores japoneses do Instituto de Pesquisas Oceânicas da Universidade de Tóquio (JP).

Em setembro de 2007, foi realizado o primeiro experimento com a tecnologia “data logger”, com o objetivo de desenvolver um método capaz de investigar o comportamento de natação (tempo de mergulho, profundidade do mergulho, velocidade e ângulo de natação) dos peixes-bois da Amazônia na natureza.

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