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Conhecimento científico aliado a opção de lazer nas férias

  • Publicado: Quinta, 13 de Janeiro de 2011, 20h00
  • Última atualização em Sexta, 08 de Maio de 2015, 08h45

 

Ascom Inpa

Com a missão de disseminar o conhecimento científico produzido nos laboratórios do Inpa, o Bosque da Ciência oferece aos visitantes a oportunidade de adquirir conteúdo sobre a Amazônia, mantendo maior contato com a natureza

Por Eduardo Gomes

Árvores centenárias, macacos, cutias, pássaros, grande diversidade de plantas, trilhas educativas e a interação entre pesquisa e sociedade tem sido um dos grandes atrativos oferecidos pelo Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) que no ano de 2010 recebeu mais de 100 mil visitas, consolidando-se como um dos principais pontos turísticos da cidade.

Para o Coordenador de Extensão do Inpa, Carlos Bueno, a oportunidade de aprender sobre a Amazônia proporcionada aos visitantes é de grande relevância. “Estamos de braços abertos para receber a população e gostaríamos que o número de visitações este ano pudesse ser muito maior. Cada um que vem aqui e aprende um pouco, para nós já é um resultado bastante significativo”, declarou.

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Há 15 anos de existência, o bosque possui uma área de aproximadamente 130 mil metros, e para tornar seu percurso mais dinâmico, foram criadas as trilhas de acesso aos atrativos que compõe o local, possibilitando ao visitante obter mais informações em relação à fauna, flora e aos ecossistemas Amazônicos existentes. Para facilitar as visitas, o Bosque da Ciência conta com o apoio do Laboratório de Psicologia em Educação Ambiental (Lapsea), através do Projeto Pequenos Guias, onde jovens atuam no Bosque de terça-feira a sexta-feira realizando visitas monitoradas.

Outro projeto que trabalha a educação ambiental no local é o Circuito da Ciência, que todos os meses participam cerca de 350 estudantes de escolas públicas e municipais da cidade. Segundo o coordenador do projeto, Jorge Lobato, essas atividades aproximam a sociedade ao conhecimento procedente de resultados dos estudos desenvolvidos pelo Instituto. “A cada evento novas escolas participam e novas experiências são adquiridas. O público diferenciado a cada edição possibilita que grande parte dos estudantes de Manaus possa conhecer as atividades desenvolvidas pelo Inpa, resgatando o conhecimento científico aqui produzido”, disse.

Bueno explica que o bosque também pode ser utilizado como uma ferramenta de extensão das salas de aula, onde alunos e professores podem conhecer a biodiversidade do local, comparando aos temas debatidos na escola. “Aqui é um local para aprender, é um museu aberto onde as escolas vêm para adquirir conhecimento e posteriormente disseminar”, explicou.      

Curiosidades

A Ilha da Tanimbuca é um dos pontos principais do Bosque da Ciência, que exibe a conservação ambiental, onde o visitante pode encontrar uma calha e espelho d'água que compõem a ilha com vários peixes e alguns quelônios da região, além de uma vegetação significativa, principalmente pela importância da Tanimbuca (Buchenavea huberii), árvore com mais de 600 anos, remete sua existência ao tempo em que o Brasil foi descoberto.

Outro destaque é a Casa da Ciência, inaugurada em maio de 1993, e que antes de ser um centro de exposição era utilizado como residência oficial do diretor do Inpa. A intenção foi criar um espaço que permita uma visão mais próxima e de forma interativa, podendo transmitir ao público os resultados das pesquisas que podem interferir diretamente no dia a dia das pessoas.

Popular no local, o tanque de Peixes-bois da Amazônia pertencente ao “Parque Aquático Robin C. Best” do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA/Inpa), que trabalha em parceria com a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), é uma atração a parte os visitantes. A espécie é a única que vive exclusivamente em água doce, podendo ser encontrada em todos os rios da bacia Amazônica, desperta curiosidade de adultos e crianças que querem conhecer e entender sobre o mamífero aquático.

Quem visitar o local poderá ver ainda os viveiros de ariranhas e jacarés, condomínio de abelhas, casa da madeira, além do recanto dos inajás, local composto por uma vegetação de palmeiras conhecidas como inajás (Maximiliana maripa), com pequeno lago artificial, onde vivem os poraquês e plantas aquáticas pesquisados pelo Inpa. Conhecido popularmente como peixe-elétrico, o poraquê (Eletrophorus Electricus) assim como outros peixes da região tropical, possui um sistema de respiração de ar atmosférico na cavidade bucal, motivo pelo qual sobe em intervalos de aproximadamente oito minutos para respirar, permitindo ao visitante a visualização da espécie.

O bosque possui ainda em sua dependência o Paiol da Cultura que referencia o papel do Artista Amazonense. A novidade é que na próxima terça-feira (18) o local que recebe durante todo o ano diversas exposições culturais, reinaugura trazendo para os visitantes a exposição e comercialização de artefatos indígenas, produzido pela associação das mulheres indígenas do alto Rio Negro.

Abraço da morte

É um fenômeno que ocorre entre dois vegetais, onde um serve de hospedeiro e o outro de hospede, e necessita se desenvolver ao fixar no caule do hospedeiro. O efeito permite a emissão de suas raízes, que servem de apoio quando adulto, de tal forma que suas raízes se tornam frondosas e fortes, comprometendo a vida de seu hospedeiro.

Serviço

O bosque da Ciência fica localizado na Av. Otávio Cabral, Petrópolis, zona centro-sul de Manaus. A visitação é de terça a sexta das 9h às 12h e de 14h as 16h. Aos sábados, domingos e feriados as visitações podem ser feitas de 9h às 16. O valor da entrada é de R$ 5,00 para público em geral e crianças até 10 anos a entrada é gratuita.

Visitas de grupos escolares devem ser agendadas com antecedência. Para mais informações ligue: (092) 3643-3192 / 3643-3312 e 3643 – 3293 ou cesse o site www.bosque.inpa.gov.br

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