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Ex-bolsista do Inpa recebe prêmio Heitor Vieira Dourado de Iniciação Científica

  • Publicado: Terça, 04 de Dezembro de 2012, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 07 de Maio de 2015, 10h36

 

O Prêmio, em sua primeira edição, está voltado aos jovens cientistas das áreas de Ciências da Saúde e Biológicas, ligadas a pesquisas em Medicina Tropical, e homenageia Heitor Vieira Dourado, pioneiro na pesquisa de doenças tropicais no Amazonas

Da redação da Ascom*

*Com informações de Leyla Leong/FDB

Bárbara Pires Ihara, estudante de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com pesquisa realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), recebeu o Prêmio Heitor Vieira Dourado de Iniciação Científica (PHD/IC) na noite desta segunda-feira (03) - data do aniversário do seu patrono -, promovido pela Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam).

A jovem foi vencedora com o trabalho de pesquisa “Ocorrência de Streptococcus agalactiae em gestantes atendidas na Maternidade Balbina Mestrinho, Manaus/AM”, realizado no Instituto por meio do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). “A bactéria pode estar presente normalmente no trato gastro intestinal e geniturinário das pessoas. O problema é que pode causar complicações (corioamnionite, endometrite puerperal, abortamento e outras) bem mais perigosas nos recém-nascidos, como infecção generalizada, principalmente se a criança for prematura”, explica.

O tema vencedor do prêmio Heitor Dourado é baseado na dissertação de Mestrado do médico obstetra Carlos Henrique Esteves Freire, co-orientador de Ihara, junto à pesquisadora do Inpa, Júlia Salem. “Este é o primeiro prêmio que recebo na minha vida acadêmica e é realmente muito importante para a minha carreira, não só por todo o aprendizado que tive ao realizar o projeto, a experiência de trabalhar em um laboratório, a contribuição que este projeto teve, de alguma forma para a população de Manaus, mas também porque será importante quando for fazer as provas de residência. Nessas provas, é avaliado o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão; o aluno precisa obter bons resultados na prova e durante sua vida acadêmica (ensino), além de realizar atividades extracurriculares (extensão) e pesquisa”, explica.

“O trabalho quis mostrar a realidade dessas gestantes aqui em Manaus”, disse a estudante, que está cursando o sétimo período da faculdade de medicina e ainda não se decidiu pela especialização que pretende seguir.

Planos e metas

Ihara pensa em usar o prêmio para apresentar o trabalho no Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia que será realizado em novembro de 2013, em Salvador (BA).

“É muito gratificante ser premiado pelo seu trabalho; isso mostra que todo o esforço que tivemos teve um resultado muito bom. É de extrema importância, não só para o aluno de medicina, mas de qualquer área, interessar-se pela pesquisa e tentar de alguma forma contribuir com os nossos estudos”, frisa a estudante.

Para o Diretor-executivo da FDB, José Seráfico de Assis Carvalho, o Prêmio Heitor Vieira Dourado pretende, “além de por em relevo o trabalho de estudantes-pesquisadores e instituições a que são vinculados, marcar posição no tão tortuoso quão incompreendido terreno em que se movem os cientistas brasileiros. Sendo reverência e homenagem póstuma a um dos mais dedicados pesquisadores das doenças tropicais, o PHD/IC poderia ter elegido como concorrentes cientistas renomados ou muitos cuja produção acadêmica já se mostra vasta e profícua. Fê-lo, porém, em sentido contrário. Por isso, privilegia os que se iniciam na carreira acadêmica e na pesquisa. Testemunha, com isso, sua rejeição às políticas em voga, quase todas voltadas à discriminação, sendo que os jovens são os que mais a sofrem. Cumpre, assim, o legado deixado pelo falecido ex-presidente do Conselho Curador que dá nome ao Prêmio”.

Fazem parte da Comissão: Felipe Arley Costa Pessoa (Fiocruz); Maria Paula Gomes Mourão (Fundação de Medicina Tropical); Maria Inês Iguchi (Inpa); Carolina Chruciak Talhari Cortez (Fundação Alfredo da Matta); Adriana Malheiro (Fundação Hemoam); Andrea Viviana Waichman (Fapeam); Cristina Borborema dos Santos (Ufam); e Adriano Premebida, Diretor-Técnico-científico da FDB.

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