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“Os conhecimentos tradicionais precisam entrar em articulação com o conhecimento científico”

  • Publicado: Quinta, 29 de Novembro de 2012, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 07 de Maio de 2015, 09h53

 

Essa é a afirmação da moderadora da quarta mesa redonda do 3° Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência, Kátia Mendonça, dada durante a discussão sobre ética e ciência nesta sexta-feira (30)

Por Fernanda Farias

Durante a abertura da quarta mesa redonda do último dia do 3° Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência 2013, nesta sexta-feira (30) pela manhã, foi debatido o tema “Ética e ciência na fronteira do conhecimento”, com a presença de docentes de várias universidades no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).

A mesa foi composta pela professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Kátia Mendonça; dos professores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Socorro Chaves e Plínio Jose Cavalcante; Geraldo Mendes, do Inpa; e Marcus Vinícius Guimarães, pesquisador da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).

“Ética e ciência na fronteira do conhecimento”

Durante o debate, Socorro Chaves destacou o fundamental papel do pesquisador no desenvolvimento das sociedades: “No mundo de crise que vivemos hoje, é preciso que o cientista consiga conciliar o conhecimento científico com o conhecimento tradicional. Temos que cobrar do pesquisador respeito em relação ao saberes tradicionais, pois são poucos os cientistas que citam esses povos ou que levam algum benefício para eles. Por isso, a capacitação desses pesquisadores é de extrema importância para o avanço da ciência”.

De acordo com Plínio Jose, com o avanço tecnológico dos últimos anos, as pessoas podem se tornar objeto de uso e abuso da própria tecnologia. “A ética e ciência é uma discussão necessária neste século, é fundamental a aproximação desse diálogo para tentar situar a ciência, a tecnologia e a ética dentro da questão da forma de conhecimentos humanos, mas sem que haja um abuso da própria tecnologia”, expôs o professor.

“Mesmo com todas as informações ao que concerne o assunto, é preciso que a ética seja praticada no cotidiano e não fique estagnada em discurso”, comentou durante seu discurso, Geraldo Mendes, do Inpa, que completou: “O ser humano tem que adotar na sua vida o senso ético em todos os campos do seu dia a dia, pois a ética precisa esta atrelada em seu pensamento e principalmente em suas ações”.

Os encontros preparatórios para o Fórum Mundial de Ciência 2013 estão sendo promovidos pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O Amazonas é o único estado da região Norte a sediar um dos sete encontros.

O evento, em Manaus, é coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (SECTI-AM) em parceria com o Inpa e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Retrospectiva

O primeiro encontro preparatório ocorreu na cidade de São Paulo, no mês de agosto, com o tema “Ciência para o Desenvolvimento Global: da educação para a inovação – construindo as bases para a cidadania e o desenvolvimento sustentável”. Em seguida, foi a vez de Belo Horizonte (MG) receber a reunião, que tratou sobre “Desafios para o desenvolvimento científico e tecnológico nos trópicos”.

Após o encontro em Manaus, as próximas cidades a sediar o evento serão Salvador (BA), Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Brasília (DF).

Sobre o Fórum Mundial

Pela primeira vez em sua história, o Fórum ocorrerá fora da Hungria, país que deu origem ao evento. O 6º Fórum Mundial da Ciência será realizado em novembro de 2013, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com o tema “A Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global” e conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

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