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Qualidade da educação abre debates no 3º Encontro Preparatório para Fórum Mundial de Ciência

  • Publicado: Terça, 27 de Novembro de 2012, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 07 de Maio de 2015, 09h47

 

Evento, realizado em Manaus (AM), reúne pesquisadores de todo país

Da redação da Ascom/Inpa

Eduardo Gomes
Adalberto Vieyra, da ABC, abriu o evento com a palestra “Ciência e educação para o desenvolvimento”

O representante da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Adalberto Vieyra, afirmou que o Brasil precisa vencer desafios na área da educação para avançar na ciência. A afirmação foi feita nesta terça-feira (28) na sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) em Manaus (AM) durante a abertura do 3º Encontro Preparatório do Fórum Mundial de Ciência que ocorrerá no Rio de Janeiro (RJ) em 2013.

Vieyra afirmou, durante a palestra “Ciência e educação para o desenvolvimento”, que o Brasil precisa dar mais qualidade a educação, ampliar seu acesso e diminuir as diferenças regionais. “Eu tenho a mais absoluta certeza que o Brasil só vence os desafios para ciência, tecnologia e inovação se melhorar a qualidade na educação, sobretudo melhorar a qualidade nas regiões que considero um vazio de ciência e educação”, disse.

Sobre a Amazônia, ele afirmou que ainda há carência na região, principalmente na educação superior. Ainda de acordo com o palestrante, a sociedade precisa ser inserida nas discussões. “Inserção da ciência e educação na sociedade (...) é uma das premissas para o desenvolvimento de uma ciência em um país de dimensões continentais como o nosso”, afirmou.

Os debates

De acordo com o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antônio Elias, os debates em Manaus e as demais reuniões preparatórias para o Fórum Mundial inserem o país nas discussões científicas internacionais. “Isso nos coloca de uma forma mais integrada no cenário internacional, e é uma oportunidade de mostrar o avanço na consolidação dessa agenda que é decisiva para o desenvolvimento do país. No caso das reuniões estaduais, a ideia é que possa refletir as questões locais; no caso da Amazônia, a diversidade tropical e como a ciência poderá contribuir para haver a sustentabilidade”, afirmou.

Para o diretor do Inpa, Adalberto Val, os debates servirão para integrar ações que contribuirão para as pesquisas na Amazônia. “As ações não podem ser copiadas de outros lugares dadas suas particularidades, por isso temos de desenvolver essas informações aqui. Não se trata de uma fé cega na ciência, mas se trata de um único caminho possível. É a ciência que tem as ferramentas para desenhar experimentos e responder perguntas que ainda não têm respostas”, assegurou.

Para o secretário em exercício da Secretaria de Estado e Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM), Dalton Vilela, os debates servirão para mostrar as principais demandas dos pesquisadores e fazer com que as decisões do poder público sejam baseadas em dados científicos. “A ideia é colocar as realidades e as necessidades da Amazônia, mas com uma visão global. A Ciência deve fazer parte das ações para que decisões não sejam tomadas sem embasamento científico”, alegou.

A diretora-presidenta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Maria Olívia Simão, afirmou que a reunião em Manaus servirá ainda para debater a sustentabilidade. “Essa discussão da sustentabilidade é o tema de debate do Fórum Mundial. Também estamos discutindo um plano a longo prazo para ciência na Amazônia, então a reunião servirá para reflexão desses dois momentos”, frisou Simão.

Manaus é a terceira cidade a realizar a reunião, que ocorre até esta sexta-feira (30). Outras reuniões já ocorreram em São Paulo (SP) e Belo Horizonte (BH).  Na capital do Amazonas, a reunião é promovida pelo Inpa e Secti e tem o apoio da Fapeam.

Entre os assuntos do encontro estão 'Ciência para o uso de recursos naturais tropicais', 'Educação e cultura para formação de cientistas e inovadores nos trópicos', 'Ética e ciência na fronteira do conhecimento','Ciência para a saúde em regiões tropicais' e 'Florestas tropicais, mitigação e adaptação a mudanças climáticas'.

Fórum Mundial

O Fórum Mundial de Ciência foi criado em 1999, em Budapeste (Hungria) e ocorre bianualmente desde 2003, com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Pela primeira vez em sua história o Fórum ocorrerá fora da Hungria, tendo sua 6ª edição, cujo tema é “A Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global”, realizada em novembro de 2013, no Rio de Janeiro.

A coordenação das ações do evento no Brasil é de responsabilidade oMinistério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com as principais instituições científicas brasileiras.

Foto da chamada: Eduardo Gomes
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