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Notícias

Inpa assina convênio com Universidade Estadual de Roraima

  • Publicado: Domingo, 25 de Novembro de 2012, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 07 de Maio de 2015, 09h43

 

Convênio ofertará 10 vagas para mestrado e quatro para doutorado em Biologia da Água Doce

Com informações da UERR

Edgar Borges (UERR)
O edital de seleção do programa será aberto em março e as aulas terão início em agosto do próximo ano

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e a Universidade Estadual de Roraima (UERR) assinaram na última quarta-feira (21) um termo de cooperação técnico-científica para implantar a partir do próximo ano turmas de mestrado e doutorado do Programa de Pós-graduação em Biologia da Água Doce e Pesca Interior (BADPI).

O programa oferecerá 10 vagas para mestrado e quatro para doutorado, abertas a pesquisadores de todo o Estado. O edital de seleção será aberto em março e as aulas terão início em agosto, fruto de uma parceria entre a UERR, Inpa, Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan) e Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação de Roraima (IACTI).

Produção científica

Atualmente, 70% da informação científica produzida sobre a Amazônia está em língua inglesa, feita por autores estrangeiros que geram conhecimento para outros países. Para o diretor do Inpa, Adalberto Val, implementar parcerias que formem doutores na região é preciso para mudar este quadro e garantam ao Brasil domínio científico do conhecimento extraído. “Educação e ciência têm papel fundamental para o desenvolvimento técnico, para a inclusão social e para a geração de renda. O mestrado e doutorado em Biologia da Água Doce casam com as nossas perspectivas”, ressaltou.

Chico Rodrigues, governador em exercício, participou da cerimônia de assinatura e avaliou o convênio como uma peça fundamental para impulsionar o desenvolvimento de Roraima. “A pesquisa é importante para o setor da piscicultura. Hoje exportamos 90% de nossa produção de tambaquis para o Amazonas, mas fazemos isso in natura, sem agregar valor. A cooperação técnico-científica vai ajudar a mudar este quadro”, afirmou.

O reitor da UERR, professor Hamilton Gondim, destacou que, para fomentar o crescimento econômico e social do Estado, o Governo está investindo muito na formação de capital humano. “No último ano duplicou o número de professores na instituição e agora firma uma parceria que permitirá capacitar pesquisadores nesta área. Isso traduz a importância que a ciência tem para o Governo”, disse.

 O Programa

O programa foi criado em 1976 e é credenciado na Capes na área de ecologia e meio ambiente. A avaliação da Capes para o BADPI é 4, numa escala de 3 a 7 para cursos recomendados.

Entre as atividades previstas estão treinamentos de campo e laboratório em temas sobre biologia reprodutiva de peixes, parasitologia, sistemática, biologia evolutiva, manejo de estoques pesqueiros, limnologia e tecnologia de processamento do pescado.

O processo seletivo será elaborado e executado por comissão composta por membros designados pela UERR, Inpa e IACTI. As vagas do mestrado serão preenchidas via edital de seleção. O doutorado terá fluxo contínuo, precisando apenas da apresentação do diploma (ou certificado de conclusão) da maior titulação, proposta do projeto de pesquisa, aceite de um orientador do Badpi e currículo.

A UERR está liderando uma experiência inovadora. A idéia é simples, cooperativista e viável: um programa já estabelecido numa instituição estende um braço para desenvolver seu programa em outra, mantendo seu próprio regimento, critérios e corpo de orientadores. Já a Universidade Estadual se propõe a abrigar as atividades em nível regional e a participar com seu corpo de professores no processo de orientação, atuando como coorientadores e colaboradores.

A parceria com o Inpa envolverá políticas acadêmicas inter-regiões, em um processo que pode chamar-se de nucleação: contribuição de uma instituição em propiciar uma melhora na qualidade de ensino em outra, incluindo a formação de pessoal e a consolidação de grupos atuantes em pós-graduação.

Importância regional

Os estudos desenvolvidos em Roraima, voltados para o conhecimento dos ecossistemas, são realizados por profissionais residentes ou que vêm de outras regiões para observações pontuais e depois retornam para seus locais e instituições de origem. Há poucos profissionais residentes em Roraima que atuam para conhecer os ecossistemas locais. Por isso muitas das interpretações são feitas através do olhar de pessoas não familiarizadas com esta parte do Brasil.

O desenvolvimento de idéias e interpretações ambientais para quem não é familiarizado com a região traz várias limitações de ordem conceitual, porque este conhecimento começa pela familiarização com a paisagem e os elementos que a compõem, incluindo a população, que tem o potencial enorme de transformar a paisagem.

Esta familiarização ocorre também com o envolvimento da história das pessoas que vivem na região, da cultura do povo. Estes aspectos, somado a outros fatores ecológicos, biológicos e socioeconômicos pertinentes, se direcionados para o uso racional da diversidade de uma região compõem um conjunto de ligações que se convencionou chamar de desenvolvimento sustentável.

Foto da chamada: Edgar Borges (UERR)
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