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Conhecimento científico e o papel da mídia marcaram a cerimônia de abertura do I Fórum da Raddici

  • Publicado: Domingo, 07 de Outubro de 2012, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 07 de Maio de 2015, 08h23

 

A cerimônia de abertura o I Fórum de Educação, Divulgação e Difusão em Ciências no Amazonas foi realizada sexta-feira (5) no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI)

Por Josiane Santos

Eduardo Gomes
Ricardo Alexino Ferreira, da USP, instigou a discussão sobre a relação da mídia com a ciência

Reunir as instituições que realizam a divulgação científica no estado, trocar experiência, e mostrar à sociedade os êxitos e dificuldade que cada instituição enfrenta são os objetivos do Fórum, descritos por uma das coordenadoras da Rede Amazonense de Educação, Divulgação e Difusão em Ciências no Amazonas (Raddici), Carolina Brandão Gonçalves.

Representantes de instituições de ensino e pesquisa do Amazonas estiveram presentes na cerimônia, como o diretor substituto do Inpa, Estevão Monteiro de Paula; a professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e uma das coordenadoras da Raddici, Carolina Brandão Gonçalves; a diretora do departamento de interiorização da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Tatiana Liborório dos Santos; o assessor da presidência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Edison de Souza Soares; e o vice-diretor de ensino, informação e comunicação e saúde do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD)/Fundação Oswaldo Cruz na Amazônia (Fiocruz), Julio César Schweickardt.

Estevão Monteiro de Paula ressaltou, durante o discurso de saudação ao público, a importância da informação ser precisa e rápida. “A ciência e o conhecimento têm várias vertentes diferentes do universo ao qual nós trabalhamos. Hoje em dia, acabou aquela história do pesquisador estar em uma ponta e a sociedade em outra, por isso a importância da informação ser mais precisa, leve e rápida”, destacou.

Relação ciência e mídia

Ricardo Alexino Ferreira, professor associado/livre-docente da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) proferiu a palestra sobre “O que é divulgação científica?”.

Ferreira iniciou a palestra questionando sobre a relação ciência e mídia e como é descrita essa relação. Destacou o comportamento pouco contestador do jornalista à frente do pesquisador/cientista; a função do comunicador como pensador, pesquisador ou técnico operacional; e sobre a ciência estar ‘aprisionada’ à editoria de ciência.

De igual modo, deixou questionamentos aos pesquisadores/cientistas presentes, principalmente quanto ao olhar pouco observador sobre outras realidades que não fazem parte de seu objeto de pesquisa, criação de cifras e códigos no trabalho e a visão que o pesquisador/cientista tem do comunicador.

Para o palestrante, os cursos de jornalismo estão voltados para a visão tecnicista. “Ênfase no jornalismo factual não cria contexto e nem conexões. Na técnica: o estudante de jornalismo sai da faculdade sabendo as técnicas de fazer uma notícia, mas muitas vezes não sabe pensar naquela informação, valor notícia. Audiência: você pensa muito no público que vai consumir aquela informação, na função da mídia e minimização da construção teórica”, descreveu.

Ciência como democratização do conhecimento

O professor falou ainda sobre as dificuldades de divulgar ciência quando existem altas taxas de analfabetismo no Brasil, conhecer qual ciência se está falando e o comprometimento social que esta ciência tem, ou seja, contextualizar a ciência.

“É necessário ao jornalista ter a cultura, não no sentido da instrução. A ciência é cultura porque faz parte de um contexto social e político e não algo que está acima da sociedade. Depois é necessário comparar essa ciência, resgatar seu passado e entender o presente para projetar o futuro”, frisou Ferreira.

Foto da chamada: Eduardo Gomes

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