Diretor do Inpa participa de mesa-redonda sobre encontro de biomas do Maranhão na SBPC
O debate aconteceu nesta quinta-feira (26), no mini-auditório do Centro Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Por Fernanda Farias
São Luís - MA
O Estado do Maranhão não é apenas conhecido pela singularidade de sua cultura, mas também pela diversidade de biomas que apresenta. Para debater sobre o assunto na 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), os pesquisadores Carlos Martinez da UFMA e o pesquisador Gustavo Martinelli, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (IPHAN), ministraram a mesa-redonda intitulada “Maranhão: Um Encontro de Biomas”, coordenada pelo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Adalberto Val.
Gustavo Martinelli deu início à mesa-redonda esclarecendo questões que visam viabilizar escalas de ação e prioridades para a conservação da Mata Atlântica mostrando espécies que já foram totalmente extintas. “Na mata atlântica se concentra um número muito grande de pesquisadores que realizam estudos na região. O governo precisa investir em políticas públicas para que não haja o desmatamento, se não vamos ter mais espécies extintas, já que 52% das espécies brasileiras, só ocorrem na mata atlântica”, relatou.
Diversidade de espécies da fauna e da flora também é encontrada em grande escala no Maranhão. O pesquisador da UFMA, Carlos Martinez, discorreu sobre o “Encontro de Biomas do Estado do Maranhão”, onde abordou vários aspectos geográficos, econômicos e ambientais e, entre eles, as ações necessárias para recuperar a floresta amazônica e o cerrado encontrado no Estado.
“O maranhão encontra-se numa encruzilhada geográfica: de um lado a Amazônia, de outro o cerrado, e ainda a caatinga. Existem várias estratégias para a recuperação das áreas que se encontram degradadas, como o reflorestamento com espécies nativas, que possui um potencial estratégico enorme, mas reflorestar exige uma mudança grande de valores, pois consequentemente irá reduzir a superfície produtiva”, esclareceu Martinez.
Para Adalberto Val o assunto é fundamental para ajudar a entender a biodiversidade do Estado do Maranhão. “As questões abordadas pelos pesquisadores, são de extrema importância, pois acomete a questão de regiões ecótonas, que são regiões em transição ambiental, entre um ecossistema e outro. No caso do Maranhão, temos o bioma da Amazônia e do cerrado”, expôs Val.
Foto da chamada: Eduardo Gomes
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