Bosque da Ciência do Inpa é destaque na EXPOT&C

Com a proposta de popularizar os conhecimentos produzidos por pesquisadores nos laboratórios, o Bosque da ciência se consolida não somente como ponto turístico de Manaus, mas também como uma ilha de conhecimento a céu aberto

Por Eduardo Gomes

São Luís - MA

Ciência, Cultura e Saberes Tradicionais para enfrentar a pobreza é o tema da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que trouxe para a 20ª edição da EXPOT&C, atividade inserida no evento, a palestra “O Bosque da Ciência como instrumento de popularização da ciência na Amazônia”, apresentada por Jorge Lobato, Coordenador do Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI).

A apresentação aconteceu na manhã desta quinta-feira (26), no espaço interativo da EXPOT&C, que acontece no Campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís (MA). O intuito foi apresentar, para os visitantes da exposição, as várias atividades desenvolvidas no Bosque da Ciência, que visam a popularização dos conhecimento produzidos a partir de pesquisas realizadas nos laboratórios do Inpa.

De acordo com lobato, a difusão do conhecimento científico é o foco das ações realizadas por meio do bosque. “A apresentação é voltada principalmente pra essa questão de popularização da ciência, com um projeto do Inpa que deu e vem dando certo. O Bosque da Ciência está de portas abertas para receber os visitantes”, disse o coordenador.

O Bosque da Ciência possui uma área de quase 13 hectares e fica no bairro Petrópolis, zona centro-sul de Manaus, sendo estruturado na intenção de fomentar e promover atividades de difusão científica e educação ambiental do Inpa. Além da visitação pública ao parque zoobotânico, o espaço do Bosque da Ciência também é utilizado como palco para a realização de projetos socioambientais como o “Circuito da Ciência”.

Ao frequentar o Bosque, o visitante conhece espaços como as trilhas educativas, tanques de peixe-boi, viveiro de ariranhas, a Casa da Ciência, a Ilha da Tanimbuca, a Casa da madeira, recanto dos inajás, condomínio das abelhas, Paiol da Cultura, trilha suspensa, lago amazônico, viveiro dos jacarés, além do contato com a fauna livre que o passeio ao Bosque possibilita.

De acordo com o Chefe do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ildeu Castro, os resultados positivos significam a somatória do trabalhos de pessoas que promovem a difusão do conhecimento. “Eu acho que o Inpa tem a tradição de ser uma das melhores instituições de pesquisa sobre conhecimento tropical no mundo. Esse trabalho com o Bosque é realizado há anos, com dedicação do Lobato, do Bueno, da direção do Inpa que valoriza isso, dos comunicadores da ciência que fazem um trabalho extremamente importante, inclusive atendendo as populações de áreas pobres da cidade, para que vejam que a ciência é importante, para recuperar os conhecimentos tradicionais”, afirmou.

Castro parabenizou as atividades de popularização realizadas no Bosque e comentou que esse tipo de trabalho precisa continuar. “Esse é um trabalho de primeira qualidade que precisa ser expandido. Gostaria de parabenizar o Inpa pelo trabalho feito com o Bosque da Ciência, e dizer que, por favor, continuem a fazê-lo”, enfatizou.