Unidades de pesquisas do MCTI comemoram 20 anos de EXPOT&C
O Inpa, juntamente com outras unidades de pesquisas da Amazônia, explanará sobre a biodiversidade da região, no 20º ano de realização da exposição
Por Eduardo Gomes
São Luís - MA
Uma área de 6.000m², localizada no Campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), resguarda um pedaço da Amazônia. Com a participação de importantes unidades de pesquisas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e o Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), realizar-se-á a 20ª edição da EXPOT&C, que acontece na 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Luís (MA).
Segundo o Coordenador do Bosque da Ciência do Inpa, Jorge Lobato, as tecnologias e produtos gerados por meio das pesquisas, são alguns dos relevantes feitos apresentados pelo Instituto na exposição. “Hoje, principalmente dentro desse evento, a gente focou a parte de tecnologia e inovação de Instituto, aprofundando mais a divulgação para a parte das patentes, a aplicação de todo o conhecimento produzido sobre os recursos naturais e o desenvolvimento das técnicas. Há toda essa demanda sócio-econômica que precisamos desenvolver para a Amazônia”, enfatizou.
Ainda durante a semana, pesquisadores do Inpa apresentarão, no espaço interativo, uma série de palestras que envolvem a temática da identificação anatômica de madeiras tropicais; o Bosque da Ciência como instrumento de popularização da ciência; o Cubiu, uma nova fruteira da Amazônia com potencial agrícola; além do lançamento de nove publicações do Inpa, com sorteio de exemplares e também degustação de produtos amazônicos, que acontecem a partir de hoje (24) e se estendem até o dia 27 de julho, no período vespertino.
Projetos amazônicos
Para a pesquisadora do IDSM, Dávila Correia, a oportunidade ajuda principalmente a voltar os olhos do país para comunidades ribeirinhas que se encontram distantes dos grandes centros. “O Instituto veio com o foco voltado para o manejo dos recursos naturais e desenvolvimento social, apresentando uma réplica do pirarucu, maior peixe de água doce do mundo, para mostrar que trabalhamos com o manejo sustentável dessa espécie. Esse tipo de exposição possibilita darmos visibilidade para populações ribeirinhas que estão bastante isoladas, e suas devidas importâncias”, relatou.
Lílian Bayma de Amorim, chefe do Serviço de Comunicação Social do MPEG, explicou que o desenvolvimento de projetos realizados na Amazônia poderá ter a participação de outras unidades de pesquisas brasileiras. “Esse ano trouxemos o projeto do Senso da Biodiversidade, desenvolvido pelo museu e que já teve início no Estado do Pará, e possui o objetivo de fazer um mapeamento da biodiversidade não só da Amazônia, mas de outros Biomas do Brasil. A ideia é convidar instituições de outras regiões do país a participarem também do desenvolvimento das atividades”, destacou.
De acordo com Lobato, a exposição tem possibilitado também a construção de um diálogo com o público, sobre a capacitação de recursos humanos na Amazônia. “A grande demanda de público aqui é de estudantes, e isso tem proporcionado também um trabalho muito importante de divulgarmos os nossos programas de pós-graduação. O Inpa figura como uma das importantes Instituições do MCTI nessa divulgação e também pelo próprio cenário que a gente criou dessa interatividade com o público, mostrando o trabalho que desenvolvemos no Instituto”, disse.
Foto da chamada: Eduardo Gomes
Redes Sociais