Workshop no Inpa promove troca de experiências e metas sobre estudos com terra preta de índio
Pesquisadores do Inpa, Embrapa e de outros países se reuniram para definir metas futuras para o estudo de terra preta de índio
Juan Mattheus
Na tarde desta quarta-feira (11), seguindo a programação do II Workshop Internacional do Programa Terra Preta de Índio realizado no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), iniciou com a palestra da pesquisadora Siu Miu Tsai, da Universidade de São Paulo (USP), abordando a questão dos microbiomas da terra preta e do carvão e os novos métodos disponíveis para a descoberta e caracterização de seus estudos.
Dando continuidade, a pesquisadora Joana Bezerra da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explanou sobre as dimensões políticas que o estudo sobre a terra preta de índio possui e suas ligações, estratégias e interesses.
A apresentação do pesquisador do Inpa Newton Falcão, líder do grupo de pesquisa “Terra Preta Nova da Amazônia Ocidental”, tratou dos projetos e meios de criação de terra preta. Entre esses projetos, destaca-se o estudo feito com o carvão, e sua atuação como nutriente na degradação do solo. Para Falcão, é preciso ter um cuidado quando se fala em utilizar o bio-carvão como nutriente para o solo. “Nós não estamos estimulando as pessoas a cortarem a floresta para a criação de carvão. Existem vários resíduos da agroindústria que se pode carbonizar”, explica.
Ainda na mesma tarde, Carlos Alberto Achete, pesquisador do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), apresentou seus trabalhos sobre as nanoestruturas de carbono na terra preta de índio seguindo da palestra de Wenceslau Teixeira, pesquisador da Embrapa Solos, que explanou sobre seus estudos a respeito da criação de terra preta e sobre as dificuldades que existem em recriá-las.
Visão do Simpósio
Na opinião do pesquisador Newton Falcão, o simpósio é uma ferramenta muito importante para fortalecer o grupo, e todas as discussões com pesquisadores que possuem visão multidisciplinar. “Essas discussões ajudam a afunilar a definir metas para o futuro sem ficar repetindo trabalhos. Tentando disciplinar nossos trabalhos e separar as coisas de acordo com os especialistas. Depois juntar, formatar e ter um produto final que se complemente, sem ser repetitivo”, afirma.
Programação
Na quinta-feira (12), a reunião começará no Auditório da Biblioteca do Inpa e depois os participantes visitarão a Estação Experimental de Caldeirão, da Embrapa Amazônia Ocidental, e ainda o sítio arqueológico Hatahara, ambos em Iranduba. A excursão retornará na sexta-feira (13) e é direcionada apenas aos pesquisadores e estudantes.
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