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Inpa debate em workshop pesquisas sobre terra preta de índio

  • Publicado: Terça, 10 de Julho de 2012, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 04 de Maio de 2015, 08h02

 

As palestras foram ministradas em inglês com tradução simultânea para os participantes

Fernanda Farias

O II Workshop Internacional do Programa Terra Preta de Índio hoje (11) abriu sua programação para o público externo, no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), onde os palestrantes puderam compartilhar os progressos realizados com os participantes. O workshop é uma parceria entre Inpa, Embrapa e a Universidade de Wageningen (Holanda).

Durante toda semana, vários pesquisadores, do Brasil e exterior, discutiram sobre alternativas para o melhor uso da terra preta, e sobre as definições, disponibilidade e manejo, além de explicar sobre os impactos que podem ser minimizados ao meio ambiente, como disse o diretor do Inpa, Adalberto Val.

“Há muitas implicações com o manejo de terra preta de índio, não só em relação ao passado, de como foi formada as implicações antropológicas, mas também do ponto de vista presente, onde podemos entender a melhor forma de manejo. E ainda as implicações do futuro, como a terra pode contribuir para o futuro da agricultura e minimizar as mudanças climáticas”, expôs Val.

Terra Preta de Índio

A terra preta de índio é um tipo de solo antropogênico, criado pelas populações que habitaram a Amazônia há centenas de anos. Durante os seminários, pesquisadores de diversas áreas e de Instituições brasileiras e estrangeiras mostrarão como suas pesquisas têm contribuído para desvendar a complexidade do assunto.

“Hoje quando se fala em terra preta, relacionamos com áreas degradadas, cultura familiar sustentável e ainda estoque de carbono, mas não podemos esquecer a relação entre a história da terra preta e a nossa perspectiva de um dia recuperar essas áreas degradadas usando a tecnologia tradicional com as inovações de hoje”, explicou o pesquisador e responsável pelo grupo de pesquisa “Terra Preta Nova da Amazônia Ocidental”, Newton Falcão.

O projeto Terra Preta é uma parceria entre o Inpa, a Embrapa e a Universidade de Wageningen em parceria com diversas Instituições de pesquisa do Brasil, Colômbia e Bolívia. No total, o programa envolve 40 pesquisadores, oito alunos de doutorado e um de pós-doutorado, focando em diferentes aspectos bióticos, abiótico e sociais relacionados à terra preta.

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