“Os ruídos das águas: a comunicação dos mamíferos aquáticos da Amazônia”
Esse foi o tema da palestra ministrada pela bióloga Louzamira Bivaqua, colaboradora da Ampa, durante atividade do Projeto “Verde Perto”, realizado pelo MUSA
Por Séfora Antela/ Ampa
Na última segunda-feira (11), os participantes do Projeto “Verde Perto”, realizado pelo Museu da Amazônia (Musa) em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMMAS), assistiram palestra sobre comunicação sonora dos mamíferos aquáticos da Amazônia ministrada pela bióloga colaboradora da Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e do Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Louzamira Bivaqua.
Os estudantes participaram de atividades lúdicas, nas quais tiveram a oportunidade de conhecer a biologia dos peixes-bois da Amazônia, botos e ariranhas. “A vida na água é um mistério para nós, seres humanos. No entanto, existem outros seres muito bem adaptados para viverem nela (...), que são os botos, os peixes-boi, as baleias, os golfinhos, entre outros. Além de seus corpos possuírem formato apropriado para explorar o mundo aquático, eles ainda possuem adaptações que os transformam em grandes mestres aquáticos, como o som, por meio das vocalizações e dos cantos (no caso de algumas baleias). Durante a palestra, eles ouviram as diferentes vocalizações dos bichos e puderam perceber que para cada ocasião, existe um som”, explica Bivaqua.
Brincando de aprender
Depois da palestra sobre comunicação dos mamíferos, na qual os participantes subtraíram dúvidas sobre o assunto, eles foram conduzidos à “Estação Mamíferos Aquáticos”, espaço que proporcionou-os uma tarde de lazer, regada a conhecimento científico sobre os animais em questão.
“O nosso objetivo é abrir as portas do nosso laboratório e mostrar o que nós apuramos de informação sobre os mamíferos aquáticos. Dessa forma, esses pequenos passam a conhecer de forma específica os mamíferos aquáticos e a entender a importância deles para o equilíbrio do ecossistema”, ressalta Gália Mattos, coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental da Ampa.
Com o término da atividade, as crianças ganharam o título de “Amigos do peixe-boi”. A proposta, com essa atividade, segundo a bióloga da Ampa, Isabel Reis, é formar agentes multiplicadores das causas ambientais, principalmente as ligadas ao peixe-boi da Amazônia, que sofre com a caça predatória mesmo sendo protegido por lei.
Foto da chamada: Séfora Antela
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