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Aracnídeos são tema de Simpósio no Inpa

  • Publicado: Quinta, 17 de Maio de 2012, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 30 de Abril de 2015, 09h09

 

Pesquisadores afirmam que ainda é preciso muito estudo para conhecer melhor esses animais que tanto provocam arrepios em muitas pessoas

Por Clarissa Bacellar

Na última quarta-feira (16), no auditório da Casa da Ciência do Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), aconteceu durante toda a tarde o Simpósio extraordinário “Evolução biológica e biogeografia: Artrópodes como modelo de estudos”, promovido por meio do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF).

O evento contou a participação dos pesquisadores convidados Gonzalo Giribet, professor de biologia molecular e evolutiva na Universidade de Harvard (EUA); Gustavo Hormiga, professor de biologia e a estudante candidata a Ph.D. Ligia Benavides, ambos do departamento de Ciências Biológicas da Universidade George Washington (EUA); além de Jesus Ballesteros e Thiago Moreira, também candidatos à Ph.D.

Do mesmo modo participaram do evento Lidianne Salvatierra, Larissa Lança, Willians Porto e Ana Lúcia Tourinho, com apresentações dos trabalhos de estudos que vem desenvolvendo no Inpa.

O simpósio é uma iniciativa da bolsista do Programa Nacional de Pós Doutorado (PNPD) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Ana Lúcia Tourinho com auxílio de José Luis Soares, uma vez que dois projetos para a pesquisa, coleta e identificação de aracnídeos em localidades que ainda não haviam sido mapeadas ou que tenham pouca coleta foram aprovados nos Estados Unidos e contam com o apoio dos colaboradores convidados. “Quando esses nossos colegas agendaram a visita para essa expedição, nós pensamos que seria o ideal trazê-los ao Instituto para treinamento dos nossos estudantes e assim realizamos o simpósio para a comunidade”, conta.

Busca por incentivos

De acordo com Lidianne Salvatierra, o estudo de aranhas na Amazônia ainda é pouquíssimo. “No Inpa eu comecei a trabalhar com aranhas a cerca de três anos e dentro do departamento de entomologia sou a única que realiza esse trabalho, mas acabo mexendo só com uma família, dentre 110 no mundo”, destaca.

“Meu trabalho agora é mostrar a importância dos estudos com as aranhas neotropicais. De 300 espécies, no Brasil só temos oito, mas é um numero irreal, subestimado, porque a gente tem uma diversidade bem maior do que isso. Faltam estudos, temos a dificuldade de identificação dessas aranhas. Então nosso trabalho de revisão de taxonomia é facilitar a identificação para que a gente conheça a real diversidade, a distribuição e também conseguir fazer estudos filogenéticos, geográficos”, explica a estudante, frisando a importância de se realizar um simpósio com a participação de estudantes e interessados pelo tema, divulgando o conhecimento que já esta sendo produzido.

Para o estudante de mestrado em Entomologia do Inpa, Willians Porto, este representa um primeiro passo, “um empurrão” para os interessados em conhecer os caminhos da ciência, o que a pessoa precisa vivenciar e o que existe de retorno.  “Além desse retorno científico pra gente, também tem pro público. Ao mostrar essas reações ecológicas, taxonômicas, entre outras coisas, para a comunidade, a gente abre espaço para atrair outras pessoas, para atrair o público e mostrar que diferente não é essa coisa temerosa e que é algo que pode gerar produto para a população no futuro”, afirma.

Segundo Porto, os estudos representam possibilidades de benefícios a longo prazo. “Não é apenas conhecimento, apesar de conhecimento já ser algo suficiente, uma justificativa boa para a pesquisa, mas ainda tem o produto, que pode existir o produto físico e que influenciaria diretamente na vida das pessoas”, afirma o estudante, referindo-se, por exemplo, ao uso das teias das aranhas, que são bastante resistentes.

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