Inpa e Sepror realizam Oficina de viveiros para agricultura familiar
As equipes, sob a coordenação da pesquisadora do Inpa, Sonia Alfaia, que realizaram as oficinas, também ajudaram a construir viveiros modelo para a produção de mudas nas comunidades da TI Kwatá-Laranjal
Da redação da Ascom*
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e a Secretaria de Estado da Produção Rural (SEPROR) realizaram do dia 14 até hoje (18), a Oficina de viveiros para agricultura familiar e pesquisas sobre quintais agroflorestais e extrativismo de açaí na Terra Indígena Kwatá-Laranjal, localizada no município de Borba (Amazonas).
Foram abordadas técnicas de produção de mudas de baixo custo e com aproveitamento de materiais disponíveis no local, que possam ser realizadas pelos agricultores indígenas. Além disto, também abordaram o tema de reaproveitamento de resíduos através da utilização de embalagens (sacos de arroz, feijão, sal, açúcar, entre outros) e garrafas Pet para a produção de mudas. De acordo com Alfaia, esta atividade tem como objetivo “incentivar a produção de mudas de plantas úteis que possam contribuir para a produção de alimentos, plantas medicinais e geração de renda para os agricultores indígenas”.
Também foram repassados os resultados das pesquisas sobre quintais agroflorestais e extrativismo de açaí, desenvolvidas por alunos de mestrado do Programa de Pós-Gradução em Ciências de Florestas Tropicais (PPG – CFT) do Inpa.
Quintais Agroflorestais
A pesquisa sobre quintais agroflorestais foi desenvolvida pelo biólogo Mateus Salim e teve como objetivos descrever as características dos quintais agroflorestais, avaliar a contribuição deste sistema para a produção de alimentos, plantas medicinais e geração de renda para os
agricultores, assim como avaliar os efeitos do manejo praticado nos quintais agroflorestais sobre a fertilidade do solo.
Os resultados desta pesquisa geraram uma descrição geral deste sistema produtivo e também foram abordadas demandas da população da TI Kwatá-Laranjal para futuras ações de extensão agroflorestal.
A pesquisa sobre extrativismo de açaí, produtividade dos açaízais, do trabalho de coleta e composição da renda dos extrativistas foi realizada pelo engenheiro florestal Gabriel Zanatta e aborda alguns aspectos do rendimento de trabalho e da etnoecologia de Euterpe precatoria, o açaí do Amazonas, junto às comunidades Munduruku e Sateré-Mawé. A medição dos custos reais de produção servirá para que esses povos indígenas alcancem um melhor preço de venda do açaí.
Resgate
O projeto mapeou as áreas de coleta de açaí e quantificou o esforço de trabalho, assim como aspectos produtivos das plantas, entrevistou extrativistas em sete aldeias nos dois maiores rios da T.I e foram acompanhados os trabalhos de coleta e comercialização do açaí, assim o projeto espera empossar a população do seu conhecimento e gerar troca de informações dentro da comunidade.
Todas as atividades fazem parte do projeto “Plantios florestais com finalidade de recuperação de áreas degradadas no Estado do Amazonas” (Edital MCTI/CNPq/CT - Agronegócio nº 26/2010), sob a coordenação do pesquisador do Inpa, Paulo de Tarso Sampaio e também fazem parte do Programa de Agricultura Indígena da Sepror.
*Com informações da Sepror
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