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Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do MCTI divulga previsão climática para o Brasil nos próximos três meses

  • Publicado: Terça, 28 de Abril de 2015, 18h10
  • Última atualização em Terça, 28 de Abril de 2015, 18h10

A reunião foi acompanhada ao vivo pela internet em todo Brasil, onde algumas pessoas fizeram perguntas sobre o tema após divulgação da previsão

Por Caroline Rocha/ Ascom Inpa

A reunião para divulgar a previsão do clima no Brasil para este trimestre (maio, junho e julho), especialmente para a região Amazônica, aconteceu nesta segunda-feira (27), no Auditório do Programa LBA, no Campus II do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI), que recebeu pela primeira vez a reunião do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (GTPCS/MCTI).

Participaram da reunião pesquisadores do Inpa, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST), outras instituições de Manaus e de outros estados.

Previsões para a Amazônia

Segundo o pesquisador do Inpa, Antônio Manzi, a previsão para a região Amazônica ainda será de anomalias climáticas, em função dos fenômenos ocasionados pelo El Niño.

“Nós previmos, para a maior parte da Amazônia (região central e sul), chuvas em torno da média. Para o norte e nordeste da Amazônia são esperadas chuvas abaixo da média. E para o oeste da Amazônia, incluindo principalmente Colômbia, Peru e parte do Amazonas, as previsões são de chuvas acima da média” divulgou o pesquisador.

Região Sul e Sudeste

O pesquisador do Inpe, o doutor em meteorologia Gilvan Sampaio, explica que uma análise climática para o Sudeste do Brasil não é exata, pois nesta região há pouca influência de condições oceânicas, diferente do Sul, Norte e Nordeste do Brasil. O pesquisador ainda ressalta que esse é o período de seca em grande parte do Brasil, e portanto não se espera volumes expressivos de chuvas na região Sudeste.

“Só conseguimos fazer uma previsão para a região Sudeste do Brasil com até dez dias de antecedência, mais que isso não é possível, pois o clima na região Sudeste e os fenômenos que ocorrem naquela área têm pouca relação com as condições oceânicas. Já estamos indo para maio, onde já entra o período seco, então não se deve esperar muita chuva na região”, explicou Sampaio.

Para o Sul do Brasil, a previsão, segundo o meteorologista do Inpe, é de chuva na média histórica ou acima do normal, influenciado pelo fenômeno El Niño, diferente do norte da Amazônia, em que o El Niño costuma ocasionar seca.

Região Nordeste

De acordo com o meteorologista do Inpe, o pesquisador Paulo Nobre, a previsão para a região Nordeste, neste trimestre, será  muito semelhante à previsão da região  amazônica, com oscilações de chuvas e secas.

“Por meio das observações feitas, já sabemos que este ano o Nordeste vai se caracterizar com déficit de chuvas elevado. Principalmente na região semiárida do Nordeste, onde as chuvas serão muito escassas. No sul da região, as chuvas ficarão abaixo da média, e para o leste do Nordeste são esperadas chuvas acima da média” relatou Nobre.

Sobre o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal

O Grupo de Trabalho foi instituído pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em novembro de 2013, com o objetivo de oferecer subsídios aos tomadores de decisões sobre o cenário climático, principalmente, em questões públicas que afetam diretamente a economia e a sociedade brasileira, como as medidas para mitigar os impactos das cheias e estiagens.

As reuniões do Grupo de Trabalho ocorrem mensalmente e são programadas para acontecer na sede das instituições participantes, mas também são realizadas reuniões em outras localidades.

O chefe da divisão de operação e modelagem do Cemaden, Marcelo Enrique Seluchi, salienta que para evitar problemas graves na agricultura, abastecimento de energia elétrica, turismo e outros setores é necessário um planejamento climático prévio.

Seluchi também afirma que “é igualmente importante fazer uma previsão de qualidade, pois a sociedade tem muito interesse nesses dados. E estamos tendo um retorno bom. As taxa de sucesso do Grupo de Trabalho tem sido muito alta”.

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