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Pesquisadores do Inpa são selecionados para receber auxílio financeiro a projetos na área ambiental

  • Publicado: Terça, 17 de Dezembro de 2013, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 27 de Abril de 2015, 11h28

 

De acordo com a Chamada Pública nº68, o objetivo é priorizar estudos sobre os impactos de mudanças ambientais nas interações entre biosfera e atmosfera, com ênfase no ciclo do carbono

Por Luciete Pedrosa

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) foram selecionados para receber apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para projetos, que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico do País, dentro do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA, na sigla em inglês).Ao todo, cerca de 60 propostas foram apresentadas para avaliação da Chamada Pública MCTI/CNPq/FNDCT/Ação Transversal nº68/2013, das quais 14 foram aprovadas para financiamento com recursos no valor global estimado de R$ 11 milhões. Desse total de pesquisadores contemplados, quatro são do Inpa, sendo que os demais projetos incluem pesquisadores colaboradores da instituição.

Para o gerente científico do Programa LBA, Laszlo Naggy, a vinda desses recursos é inestimável. “A ênfase, nesta segunda fase do LBA, é a interdisciplinaridade e a integração. A chamada foi feita para projetos inter e multidisciplinares sendo que as propostas aprovadas representam uma ampla variedade de tópicos. O nosso trabalho, agora na direção científica do LBA, é estabelecer uma coordenação e buscar sinergias na implementação dos projetos para que a execução do Plano Científico do LBA possa ser maximizada”, disse o pesquisador.

Beneficiados

Os pesquisadores do Inpa que tiveram suas propostas aprovadas pelo CNPq foram: Rita de Cassia Mesquita, pesquisadora do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF): “Como as florestas da Amazônia Central respondem às variações climáticas? Efeitos sobre dinâmica florestal e sinergia com a fragmentação florestal"; Carlos Alberto Nobre Quesada, pesquisador do Laboratório Temático de Solos e Plantas: “Interações biológicas da ciclagem do fósforo em solos da Amazônia”; Maria Tereza Piedade, pesquisadora da Coordenação de Dinâmica Ambiental (CDAM): "Distúrbios hidrológicos na vegetação de florestas alagáveis por rios de água-preta (igapó na Amazônia Central: diferenciando anomalias climáticas de impactos antropogênicos"; e Bruce Ride Forsberg, também do CDAM: “A influência de potenciais mudanças climáticas e no uso da terra sobre a biogeoquímica do carbono e nutrientes nos rios e várzeas da Amazônia Central”.

A chamada pública teve como objetivo apoiar projetos de pesquisa que visem promover o avanço do conhecimento sobre o funcionamento dos ecossistemas da Amazônia e de áreas de transição com o Cerrado; priorizar estudos sobre os impactos de mudanças ambientais nas interações entre biosfera e atmosfera, com ênfase no ciclo do carbono, incluindo a resposta da floresta tropical à elevação daconcentração de CO2 atmosférico e associar abordagens observacionais e experimentais com a formação de recursos humanos, além de fortalecer a infraestrutura de pesquisa de forma a contribuir para integração de diferentes componentes de estudos ecossistêmicos.

A gerente operacional do Programa LBA e pesquisadora do Inpa, Hillandia Brandão, destacou aimportância dos investimentos para a pesquisa na região. “Este edital do CNPq era muito esperado pelos pesquisadores do Inpa porque são recursos que vão ajudar a apoiar pesquisas em diversas áreas de estudos na Amazônia”, disse.

De acordo com a chamada pública, os projetos selecionados vão trabalhar em três linhas de ação: o ambiente amazônico em transformação: interações entre o meio físico e biótico, as práticas e mudanças de uso da terra e impactos sociais e ambientais das alterações climáticas; sustentabilidade dos serviçosambientais e os sistemas de produção terrestres e aquáticos; e variabilidade climática e hidrológica.

O que é o LBA

O LBA tornou-se um programa de governo em setembro de 2007, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), renovando a agenda de pesquisas iniciada em 1998, quando era mantido por acordos de cooperação internacional. Hoje, o LBA, sob a coordenação científica do Inpa, é uma das maiores experiências científicas do mundo na área ambiental e é considerado o maior experimento sobre ecossistemas tropicais já realizado.

O LBA tem contribuído para melhorar os modelos de previsão climática; medir as emissões de carbono das hidrelétricas na Amazônia e o potencial uso do metano para geração de energia elétrica adicional nas usinas; realizar novas medidas reais de densidade da madeira no sul da Amazônia, mostrando que biomassa acumulada é menor do que em estimativas anteriores.

Durante os primeiros 10 anos de existência (1998-2007), o LBA foi gerenciado pelo MCTI e coordenado peloInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), tendo a NASA e outras instituições dos Estados Unidos e Europa como parceiros. Eles cobriram cerca de metade dos US$100 milhões investidos neste período. Hoje, transformado em programa governamental, o LBA conta com recursos brasileiros previstos do Plano Plurianual (PPA) que garantem a manutenção de sua infraestrutura básica. A missão agora é buscar outras fontes de financiamento para continuar ampliando as pesquisas. Os resultados integrados, obtidos pelas diferentes equipes de cientistas, têm permitido entender alguns mecanismos que governam as interações da floresta com a atmosfera, tanto em condições naturais (da floresta intacta) como alteradas.

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