Programas de pós-graduação do Inpa sobem de nível no conceito da Capes
Os programas em Botânica, Entomologia e Ecologia melhoram conceito na avaliação da Capes e os dois últimos são considerados de alto nível e de padrão de qualidade internacional
Da redação da Ascom
Dos nove programas de pós-graduação que o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) oferece, oito obtiveram nota 4 ou superior na avaliação trienal 2013 stricto sensu divulgada nesta terça-feira (10) pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Desses, três cursos subiram de nível. As notas vão de 1 a 7, sendo que 6 e 7 equivalem a um padrão de qualidade de nível internacional.
O maior destaque foi para o Programa de Pós-Graduação em Ecologia que obteve nota 6, aumentando em um ponto seu desempenho em relação a última avaliação feita em 2010, assim como o Programa de Entomologia que subiu de 4 para 5 na avaliação da Capes.
O programa de pós-graduação em Botânica subiu de 3 para 4 no conceito da Capes. O programa de Ciências de Florestas Tropicais recebeu nota 5. Os programas Biologia de Água Doce e Pesca Interior, Genética, Conservação e Biologia Evolutiva e o de Clima e Ambiente permaneceram com nota 4. Já os programas Agricultura de Trópico Úmido e o mestrado profissional em Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia, curso criado recentemente em 2010, receberam nota 3.
Para o diretor substituto do Inpa, Estevão Monteiro de Paula, o resultado da avaliação da Capes representa o esforço institucional para formar mão-de-obra qualificada na região. “É o resultado do trabalho que o Inpa vem desenvolvendo ao longo dos últimos oito anos para melhorar a qualidade de ensino nos seus cursos de pós-graduação. É uma vitória de todos. Destaque para o curso de nível 6 do programa em Ecologia que está entre um dos mais bem avaliados do Brasil”, afirmou.
Avaliação trienal
A avaliação trienal da capes avaliou 5.082 cursos de mestrado e doutorado de todo o país. O processo considerou todas as informações prestadas pelos cursos durante os anos de 2010, 2011 e 2012.
A avaliação da pós-graduação stricto sensu é realizada pela Capes desde o ano de 1976. Ao longo de quase 40 anos, se consolidou como instrumento de grande importância para o Sistema Nacional de Pós-Graduação e para o fomento, tanto por parte das agências brasileiras, vários setores governamentais e não governamentais, bem como dos organismos internacionais.
Segundo a Capes, as instituições são avaliadas com base nos professores, alunos, teses e dissertações; produção intelectual. Além disso, os cursos são avaliados também pela inserção social e diferenciais de alta qualificação e desempenho de forte liderança nacional.
As notas vão de 1 a 7. Os cursos com notas 1 e 2 representam desempenho fraco ou abaixo do padrão e podem perder o credenciamento pela Capes. A nota 3 equivale ao padrão mínimo, a nota 4 representa bom desempenho, já a pontuação 5 revela alto nível de desempenho e é considerada maior nota para cursos só com mestrados. Por sua vez as notas 6 e 7 são para desempenho equivalente aos centros de ensino e pesquisa internacionais.
Formação de mão-de-obra
O Inpa já formou mais de 1.800 pesquisadores que contribuíram e ainda contribuem com trabalhos que auxiliam a conservação e preservação da região amazônica. Trabalhar na floresta amazônica como laboratório natural é um dos pontos que atraem graduados de várias partes do país a fazer os Programas de Pós-Graduação do Inpa e se manterem na região. Em 2013, os programas de pós-graduação do Inpa completaram 40 anos, desde a criação do programa de Botânica em 1973.
“O que mais atrai os alunos é a região amazônica e o Inpa por ser a referência mundial em biologia tropical. O Inpa capacita os estudantes tendo a Amazônia como o seu laboratório natural, oferecendo a ampla possibilidade de qualificação em várias linhas de pesquisa sobre biodiversidade, que é um dos focos do Instituto”, explica a coordenadora de capacitação (COCP) do Inpa, Beatriz Ronchi Teles.
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