O Teatro Amazonas construído no Século 19, é uma das obras arquitetônicas mais belas da região norte brasileira. Seu desenvolvimento foi pautado na exploração comercial do látex da seringueira (Hevea brasiliensis) (Ciclo da Borracha). É o grande exemplo que a história nos dá de que o investimento na biodiversidade regional com geração de um produto final resulta em um desenvolvimento sustentável que traz benefícios à população. Os grandes produtores e comerciantes de borracha viajavam constantemente à Europa, de onde traziam peças teatrais para apresentações no Teatro. Ë também, o primeiro exemplo de como a biopirataria pode “quebrar” esse desenvolvimento, o que ocorreu quando sementes da seringueira foram retiradas da Amazônia e levadas para a Ásia.
O projeto de construção do Teatro foi de autoria do deputado provincial Antônio José Fernandes Júnior, datado de 21 de maio de 1881. A concorrência pública foi aberta em 1882 para a apresentação da planta (Lei nº 593 de 29 de maio) (vide histórico resumido em www.operamazonas.com.br/teatro.php e, mais informações e fotos no site www.teatroamazonas.com.br). O Teatro é a obra mais portentosa e famosa da cidade de Manaus, com bastante visitação pública e servindo de marco turístico na região urbana da capital amazonense (foto 1). Possui em seu interior, um assoalho composto de diversos tipos de espécies madeireiras, com cores naturais diferentes, permitindo a elaboração de um piso artístico (foto 2). O Teatro também possui várias obras de arte (foto 3) em seu belíssimo interior (foto 4).
O TEATRO AMAZONAS É O MAIOR EXEMPLO E PROVA DE QUE QUALQUER INVESTIMENTO NO USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE AMAZÔNICA QUE RESULTE EM UM PRODUTO FINAL DE VALOR ECONÔMICO. TRAZ DESENVOLVIMENTO PARA A REGIÃO E PARA O PAÍS. INFELIZMENTE, OS INVESTIMENTOS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA (RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS) AINDA ESTÃO MUITO AQUÉM DO NECESSÁRIO PARA EVITAR OS DANOS CAUSADOS PELA BIOPIRATARIA QUE ESTÁ CADA VEZ MAIS EVIDENTE E ATUAL (Luiz Antonio de Oliveira, 28/09/2003).
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Luiz Antonio de Oliveira – Ph.D.
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