Foram encontrados até o momento na Amazônia, cerca de 100 espécies de primatas. Entre os mais conhecidos estão o macaco-aranha (Ateles geoffroyi, foto 1) e o macaco-prego (Cebus apella, foto 2), mas muitas espécies novas, principalmente de pequenos macacos (saguis) foram encontradas nos últimos anos. Os primatas estão entre os animais que mais se aproximam geneticamente dos seres humanos, com os chipanzés tendo uma similaridade genética de 99,4% conosco. Devido a essa proximidade genética, são muito procurados para o uso na pesquisa, principalmente na área médica e farmacológica. Milhares de primatas são capturados nas florestas do planeta e enviados para laboratórios de países desenvolvidos para serem usados como cobaias em testes com novos medicamentos. Eles precedem os testes com seres humanos, visando avaliar como reagem aos produtos estudados pelas industrias farmacêuticas.
Os índios (e primatólogos) observam bastante os hábitos alimentares e o comportamento dos macacos na floresta para aprenderem quais plantas usam em suas dietas e quais os seus efeitos nos animais. Muitas plantas medicinais foram descobertas observando os primatas. No entanto, nem sempre acertam, pois os macacos conseguem se alimentar de plantas que podem ser altamente tóxicas aos seres humanos. Portanto, todo cuidado é pouco ao lidar com plantas desconhecidas encontradas na Amazônia.
CONHECENDO OS HÁBITOS ALIMENTARES DOS ANIMAIS DA FLORESTA, PODEMOS ENCONTRAR BIOPRODUTOS DE ALTO VALOR ECONÔMICO PARA O SER HUMANO. (Luiz Antonio de Oliveira, 31/08/2003).
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Luiz Antonio de Oliveira – Ph.D.
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