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AMAZÔNIA 34 – KERR, O CIENTISTA

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Não dá para escrever sobre Ciência & Tecnologia na Amazônia sem citar o Dr. Warwick Estevam Kerr (foto) (na realidade, sua contribuição à Ciência é mundialmente reconhecida). Apesar do nome estrangeiro, ele é paulista de Santana da Parnaíba, onde nasceu em 09/09/1922. Engenheiro agrônomo e geneticista, foi professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, dando contribuições não só na área de genética, com um dom particular de realçar o conhecimento na área de nutrição humana. Além de professor e pesquisador (com 511 trabalhos publicados até o momento), atuou também com eficiência na área administrativa, ajudando a criar a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (FAPESP) no governo do Carvalho Pinto. Foi também reitor da Universidade Federal do Maranhão, membro do Comitê Diretor do International Genetics Federation (1975-1993), presidente da Sociedade Brasileira de Genética (1964-1966 e 1994-1996) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (1969-1973) e, por duas vezes, Diretor Geral do INPA.

Sua contribuição efetiva para a Ciência Amazônica começou na primeira gestão como Diretor do INPA no período de 1974 a 1979. Comunista por opção e convicção, foi guinado a esse cargo em plena Ditadura Militar com o apoio irrestrito do todo poderoso Golbery do Couto e Silva.

Com o apoio do Governo Federal, pegou um instituto com apenas um doutor, um mestre e “um punhado” de graduados e alavancou o INPA com um grande número de contratações, principalmente jovens doutores e alguns graduados. Foi graças a ele que vim para a Amazônia em janeiro de 1977. Era um jovem graduado com 26 anos de idade e entusiasmado por ter tido a oportunidade de trabalhar na maior floresta tropical do planeta. Graças ao impulso dado no final da década de 70 pelo Dr. Kerr, o INPA hoje é uma instituição de renome internacional com 213 pesquisadores, sendo 140 doutores, 61 mestres, quatro graduados e oito especializados.

A maior contribuição do Dr. Kerr para a humanidade, é no entanto, suas pesquisas com abelhas, que resultou em aumentos consideráveis na produtividade de mel no continente americano. Ele acaba de deixar o INPA pela última vez, deixando um grupo de pesquisas consolidado, cujo objetivo principal é conhecer melhor, as abelhas sem-ferrão da Amazônia, responsáveis não só pela produção de mel, como também, pela polinização de plantas regionais.

Ele volta à Universidade de Uberlândia, onde continuará a dar sua contribuição à Ciência apesar da legislação brasileira não reconhecer um septuagenário como integrante ativo da sociedade (a aposentadoria compulsória aos 70 anos só não vale para algumas profissões, como a dos políticos, que são elegíveis mesmo com essa idade).

CIENTISTAS, COMO O DR. KERR, QUE DÃO SUAS VIDAS PARA DESVENDARMOS OS SEGREDOS DA NATUREZA (A VERDADEIRA OBRA DE DEUS É A NATUREZA), SÃO OS QUE MAIS CONTRIBUEM PARA TERMOS UM MUNDO MELHOR. (Luiz Antonio de Oliveira, 09/03/2003).

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Luiz Antonio de Oliveira – Ph.D.
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas – CPCA
Av. André Araújo, 2936 – Bairro Petrópolis – CEP 69060-001

Ou Caixa Postal 478 – CEP 69011-970 – Manaus – AM
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