Mais de 50 milhões de hectares já foram desmatados na Amazônia brasileira, sendo equivalente à área cultivada em outras regiões do Brasil, responsável pela produção agrícola e pecuária nacional. No entanto, a maioria das áreas desmatadas na Amazônia está em estádios avançados de degradação, devido ao modelo de desenvolvimento agrário não ser compatível com as características físicas e químicas dos solos regionais.
Recuperar essas áreas é um desafio para a ciência, pois pode levar décadas de investimento. O uso de espécies de plantas adaptadas a esse nível de degradação dos solos é uma alternativa tecnológica adotada na pesquisa. Entre as espécies mais promissoras pode-se citar o Pau-de-balsa (Ochroma pyramidales, plantas maiores) e a Andiroba (Carapa guianensis, plantas menores), vistos na foto, pelos seus elevados índices de crescimento em solos pobres e degradados como esse encontrado no município de Presidente Figueiredo, Estado do Amazonas.
Recuperar as áreas degradadas da Amazônia pode resultar em melhor aproveitamento da terra já ocupada pelo homem, tornando-a produtiva e menos susceptível à erosão genética e à causada pelas chuvas. O uso racional dessas áreas, além de aumentar a produção regional, poderá resultar em menor pressão de desmatamento das florestas e outras áreas com vegetação natural.
INVESTIR MAIS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA NAS ÁREAS DEGRADADAS É UMA GARANTIA
DE MELHOR OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA (Luiz Antonio de Oliveira, 16/02/2003).
============================================
Luiz Antonio de Oliveira – Ph.D.
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas – CPCA
Av. André Araújo, 2936 – Bairro Petrópolis – CEP 69060-001
Ou Caixa Postal 478 – CEP 69011-970 – Manaus – AM
=============================================
E-mail: luizoli@inpa.gov.br
Home page: www.inpa.gov.br/cpca/luizoli.html
Tel.: + 55 (0) 92 – 643-1856
Fax.: + 55 (0) 92 - 642-1845
==============================================