Durante o período de alagamento das áreas de várzeas, que ocorre durante quatro a seis meses por ano, as plantas apresentam mecanismos diferentes de adaptação. No primeiro plano da foto pode-se ver algumas Canaranas (gramínea que chega a produzir cem toneladas de matéria seca por hectare por ano) fora da água. Essa planta fica fixada no solo e à medida que o nível da água sobe, ela emite novos brotamentos, ficando assim, sempre com parte de suas folhas fora da água. Outras plantas como a Pístia, Azola, Salvínia, Neptúnia, Aguapé, etc apresentam um sistema que as permite flutuar sobre a água. Na foto elas podem ser vistas como um tapete verde sobre as águas, junto aos arbustos. Elas servem de alimento para insetos, que por sua vez, alimentam os peixes que ficam sob esses mantos de vegetação flutuante. Com relação aos arbustos, alguns perdem todas as folhas e diminuem ou param seu metabolismo durante as cheias (arbustos da direita, na foto), enquanto outros se mantêm com toda a folhagem mesmo com o solo inundado (arbusto da esquerda e no fundo).
ENTENDER OS PROCESSOS DE ADAPTAÇÃO DOS COMPONENTES DE CADA ECOSSISTEMA AMAZÔNCIO É O PRIMEIRO PASSO PARA O USO RACIONAL E SUSTENTÁVEL DESSA REGIÃO (Luiz Antonio de Oliveira, 13/04/2002)
============================================
Luiz Antonio de Oliveira – Ph.D.
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas – CPCA
Av. André Araújo, 2936 – Bairro Petrópolis – CEP 69060-001
Ou Caixa Postal 478 – CEP 69011-970 – Manaus – AM
=============================================
E-mail: luizoli@inpa.gov.br
Home page: www.inpa.gov.br/cpca/luizoli.html
Tel.: + 55 (0) 92 – 643-1856
Fax.: + 55 (0) 92 - 642-1845
==============================================