Clement, C.R.; Arkcoll, D.B. 1984. Observações sobre auto-compatibilidade em pupunha (Bactris gasipaes H.B.K.). Acta Amazonica, 14(3-4):337-342.
Resumo: A pupunha aparentemente possui duas estratégias que asseguram a sua polinização cruzada. Uma delas parece ser um fator genético quantitativo que inibe a auto-polinização. Para estudar este fator, duas séries de polinização controlada foram feitas em duas diferentes populações juvenis. A primeira população apresentou uma média de 19,2% de auto-compatibilidade, medida em porcentagem de frutos férteis produzidos em relação a todas as flores. Entretanto, o coeficiente de variação foi extremamente alto. A polinização aberta em algumas plantas produziu 22% de frutos férteis, com um coeficiente de variação menor, sugerindo que o "fruit set" foi, em geral, baixo numa população, naquela vez. A segunda população, apresentou em média 37,62% de auto-compatibilidade, com um coeficiente de variação menor. Variação entre as árvores foi também detectada e mostrou ser considerável. Além do mais, a auto-compatibilidade variou de 0 a 81%, em distribuição normal. O uso de plantas juvenis pode ser a razão da alta variabilidade entre plantas. Apesar da pouca auto-compatibilidade encontrada nestas populações, esta característica é recomendada como descritor para bancos de germoplasma e deve ser obtida em plantas adultas para evitar a alta variabilidade.